Neste domingo, 25 de setembro, durante as comemorações dos 40 anos do U2, Adam Clayton fez uma participação por Skype enquanto o DJ Dave Fanning era entrevistado.
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No evento realizado no Rock & Roll Hall Of Fame, em Cleveland, o baixista confirmou que Songs of Ascent irá completar a trilogia após o Songs Of Experience, que deve ser lançado em 2017.
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Adam continuou dizendo que não consegue ver a iNNOCENCE + eXPERIENCE Tour sendo apresentada em estádios e muito provavelmente continuará na sua forma atual, em arenas.
A banda irá adicionar algumas músicas novas e levará a turnê em outras cidades que foram visitadas em 2015.
A banda irlandesa U2 aproveitou um show realizado em Las Vegas, 23 de setembro, para protestar contra Donald Trump. Durante a apresentação, Bono disse que o povo americano tinha muito a perder se o candidato do Partido Republicado vencesse as eleições dos Estados Unidos.
“Nos lembremos que a paz não é apenas ausência de violência. Paz é amor organizado”, disse o cantor ao público. “Então vão lá e votem, seja lá em quem for”.
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As manifestações diretas contra Donald Trump surgiram quando a banda abriu sua performance no iHeartRadio Music Festival com Desire. No momento em que Bono estava no trecho que diz: “Ela é o dinheiro. Ela é minha proteção. Sim, ela é a promessa em ano de eleição”, uma grande bandeira dos Estados Unidos surgiu.
Em seguida, foi Donald Trump quem apareceu no telão, exatamente no momento em que a música dizia “Como um pregador que rouba corações em um show itinerante. Por amor ou dinheiro, dinheiro, dinheiro...”. Notas de dinheiro falso então foram jogadas sobre o público na arena.
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Trump apareceu novamente na tela dizendo “O sonho americano está acabado”. O vocalista do U2 então questionou o público. “Vocês estão prontos para apostar o sonho americano?”.
Um outro vídeo com o candidato discursando no mês passado novamente foi usado. “O que vocês têm a perder?”. A frase foi repetida várias vezes até que Bono gritou “O que vocês têm a perder? Tudo!”.
Não é surpresa ver o U2 se posicionando politicamente. A banda, que está comemorando 40 anos, sempre foi conhecida por seu ativismo e letras politicamente carregadas.
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Em "Pride (In The Name Of Love)", sobre a vida e morte de um pioneiro dos direitos civis, Martin Luther King Jr, Bono pediu ao público para cantar para o povo de Charlotte, Carolina do Norte, onde Lamont Scott Keith foi morto a tiros pela polícia no mês passado. "Cante para Tulsa também", implorou, referenciando a morte de Terence Crutcher, um outro homem negro desarmado morto pela polícia neste mês. "Mais do que nunca, precisamos do espírito do Dr. King. Mais do que nunca, precisamos do espírito de não-violência. Não só por esta terra, mas em todo o mundo". O cantor seguiu "Deixe-me lembrar que a paz não é apenas a ausência de violência. Paz é o amor organizado. Então, vá votar, seja em quem for".
Bono manteve a mensagem sobre a América ser "não apenas um país, mas uma ideia" na canção seguinte, "One". "A melhor ideia que o mundo já teve, América! Então, se você não pode, por voto de consciência apoiar Donald Trump e você é um republicano, bem, vote. Vote para alguém que considera sagrada a ideia de que um homem ou uma mulher não é definida por sua etnia ou religião. Obrigado por ouvir alguns rapazes irlandeses que podem estender a sua tolerância da liberdade de expressão".
Em 23 de setembro de 1997, a música pop mudou o mundo. Pelo menos, momentaneamente. Em uma terça-feira, num estádio olímpico cheio de marcas das bombas, o U2 foi a primeira banda grande de rock a tocar na cidade de Sarajevo, que se recuperava da guerra da Bósnia, na esperança de apagar as tensões étnicas que haviam oprimido a Iugoslávia.
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“Se há alguma mensagem, é uma muito simples, bem banal,” disse Bono à CNN. “É que a música vai além da política”.
Notoriamente, os esforços humanitários de Bono iriam lhe dar uma reputação – não tão boa – como um ‘benfeitor messiânico’ e ambicioso, coletor itinerante de projetos presunçosos. Em 2002, a capa da Time perguntava ‘Bono pode salvar o mundo?’ e em 2009 o Daily Mail reclamou que enquanto Bono era um apaixonado realmente por cancelar a dívida do Terceiro Mundo, ele agia ‘como se solução inteira estivesse nas suas calças de couro.’. Mas o U2 não foi à Sarajevo com planos para salvar o país ou reverter o curso da história. Levar um bom momento para os jovens, por algumas horas, já era o suficiente.
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Sarajevo apareceu somente dois últimos antes do maior cerco militar da história moderna. Os agressores sérvios haviam cercado a cidade por 44 meses, entre dezembro de 1992 e dezembro de 1995, maltratando e deixando a população faminta. Por três anos e meios, os cidadãos eram dependentes da comida e combustível traficados para a cidade através de um longo túnel subterrâneo, tendo centenas de morteiros que caiam sobre a cidade todos os dias. Segundo a repórter de guerra Charlotte Eagar: “Velhinhas cambaleavam para casa, transportando carrinhos caseiros com recipientes de plástico com água… Sem poder coletar madeira pra se aquecerem, as pessoas queimaram primeiro os móveis e depois os livros. E ainda assim morreram nos invernos brutais nas montanhas… Tanto o bombardeio como o frio não discriminavam em encontrar a morte.”
Até o final da guerra, em 1995, mais de 10 mil bósnios foram mortos em Sarajevo.
Bono já tinha visitado o país rapidamente e prometeu voltar ‘trazendo a banda na próxima vez.’ O show de 1997 foi o cumprimento dessa promessa.
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Até então, a única cidade magnífica – anfitriã dos jogos Olímpicos de Inverno de 1984 – tinha virado um campo de morte e de um dia para outro tinha começado a se reconstruir. O zoológico de Sarajevo começou a ser restaurado e os patronos das artes forneceram à cidade ferida instrumentos musicais e livros para bibliotecas. Os artistas da guerrilha começaram e embelezar as ruas com ‘rosas de Sarajevo’. Então com a insistência dos organizadores de Sarajevo, esse não seria um show pequeno de caridade – ao contrário, Sarajevo seria uma grande escala, uma parada da turnê mundial PopMart.
Os 60 caminhões que transportaram os equipamentos de palco do U2 tiveram que andar por estradas estreitas nas montanhas para chegar à Sarajevo – no entanto, uma equipe de 450 ajudaram na montagem do palco e sistema de som em Kosevo Stadium.
“É um milagre que eles estão realmente aqui,” disse o guitarrista The Edge a um enxame de jornalistas que receberam a banda na chegada. “O fato de que podemos chegar e colocar não só um show, mas o mesmo show completo que fazemos em Paris, Nova York e Londres é um símbolo para o povo de Sarajevo de que as coisas estão voltando ao normal.”
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Na noite do show, trens especiais trouxeram os jovens da antiga Iugoslávia, Croácia e Eslovênia até Sarajevo. De acordo com as notícias, os eslovenos foram avisados de que ‘não precisariam de vista para aquela noite’,
E por duas horas naquela noite, em um estádio cercado por tropas da OTAN, uma multidão de 45 mil pessoas de toda a antiga Iugoslávia se iluminaram em uma luz de neon da noite, curtindo todos os clássicos e sintetizadores produzidos pelo U2 considerados arte naquela época, e meio que sentiram normais de novo.
O U2 de 1997 não era tão adequado como símbolo de esperança para uma cidade desanimada como , digamos, o U2 de 2002. A turnê PopMart era uma paródia em cima do materialismo superficial; Bono e seus companheiros de banda caminhavam pelo palco com capas de cetim brilhantes e camisetas com os músculos. Em outras palavras, foi um momento estranho para o U2. A turnê PopMart, infelizmente, não poderia oferecer aos bósnios as imagens simples de resistência que um U2 mais antigo e sábio, que iria oferecer aos americanos machucados depois de 11 de setembro.
Isso não quer dizer, porém, que o show de Sarajevo não tenha tido momentos altos de esplendor emocional. Durante a balada de Luciano Pavarotti, ‘Miss Sarajevo’, levou a jovem de 21 anos Inela Nogic ao palco pela mão. Nogic tinha se tornado o rosto trágico da guerra – e a inspiração para a música – quando ela ganhou o concurso de beleza, em 1993, em Sarajevo durante o cerco. Quando ela foi coroada, Nogic e uma dúzia de outras garotas de maiôs desenrolaram uma faixa “Não deixem que eles nos matem”.
“Fazer um concurso de beleza durante a guerra foi uma coisa louca,” ela disse à Associated Press. “Mas nós tentamos viver uma vida normal. Foi como um mecanismo de defesa que nós tínhamos.”
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Nos anos após o show do U2 em Sarajevo, as agressões inter-étnicas iriam se incendiar novamente na região dos Balcãs. A guerra eclodiu menos de um ano depois em Kosovo, e embora Sarajevo esteja florescendo hoje , a ‘normalidade’ que 1997 queria tanto prenunciar foi fugaz. As forças da OTAN permaneceriam na Bósnia até 2004 e as forças de paz da União Europeia ainda estão estacionadas por lá ainda. As etnias croatas, sérvias e bósnias ainda dividem o território desconfortavelmente e muitos iriam preferir que não. Como Aida Cerkez da AP disse: “Todos ainda querem o que eles queriam de volta em 1992. Então, a Bósnia hoje não tem guerra, mas certamente não tem paz.”
Então, hoje, talvez seja melhor pensar sobre o show histórico do U2 apenas como um gesto carinhoso para um povo tão sofrido. PopMart não desfez os horrores da guerra ou trouxe paz à Bósnia, tanto quanto trouxe uma distração feliz para algumas pessoas que já passaram por muito na vida.
Após o seu discurso como embaixador da ONE na Conferência das Nações Unidas, realizada em 19 de setembro em Nova York, Bono foi entrevistado por Charlie Rose no programa This Morning, do canal CBS.
Além de falar sobre sua luta contra a pobreza no mundo e do seu lado ativista, o cantor também conversou sobre o atual momento do U2, há poucos dias da sua participação no iHeartRadio Music Festival (no dia 23 de setembro), Songs Of Experience e da volta da turnê.
"Songs of Experience ainda está em andamento, temos quase 16 músicas prontas, queremos que o traklist álbum seja de 10 músicas, mas muito provavelmente 12 cançõess farão parte do novo álbum do U2. A canção com título provisório de "The Morning After Innocence" é agora chamada "The Little Things Give You Away".
Perguntado por Charlie Rose sobre o retorno do U2 em turnê em 2017, Bono afirmou claramente:
"Sim, o U2 estará de volta em turnê em 2017" .
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O músico também comentou as eleições presidenciais nos EUA, afirmando que a ideia de América "foi a melhor que o mundo já teve", Bono mostrou-se preocupado com Donald Trump, candidato pelo Partido Republicano. "É potencialmente a pior ideia que que já aconteceu à América. Pode destruí-la, porque a América não é um país", explicou.
"A América é uma ideia, construída em torno da justiça e da igualdade para todos. Acho que ele sequestrou o Partido Republicano e está tentando sequestrar a ideia da América. E isso é muito perigoso".
"Sou irlandês. Não tenho direito de voto. E não posso dizer às pessoas em quem votar, nem quero, mas tenho voz - e posso dizer que quem quer que sente naquele escritório [na Casa Branca] afeta todas pessoas deste mundo", concluiu.
O Canadá é um líder quando se trata de colaborar em questões globais, disse Bono neste sábado, 17 de setembro, durante seu discurso na conferência de Montreal para angariar fundos para combater a Aids, a tuberculose e a malária.
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"É ótimo ver o Canadá liderando isso", disse o cantor que é cofundador da ONE, uma organização que trabalha para reduzir a pobreza e as doenças na África.
"Vocês sempre estiveram à frente da curva em perceber que podemos fazer mais, se a comunidade internacional trabalhar em conjunto e subordinar o seu ego em grande plano".
Bono estava acompanhado no palco pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon e o bilionário filantropo Bill Gates no segundo e último dia de uma conferência internacional de doadores que espera angariar US$ 13 bilhões para a reconstituição do Fundo Global para a luta contra as três principais doenças infecciosas.
No evento de encerramento da conferência, o primeiro-ministro Justin Trudeau anunciou que o evento quase tinha alcançado o seu objetivo.
"Alcançamos nosso objetivo juntos, levantaram quase US $ 13 bilhões e ao fazê-lo, salvamos oito milhões de vidas", disse.
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Bono saudou o compromisso da Trudeau à igualdade, especialmente para meninas e mulheres em situação de pobreza.
"O mundo ouve quando você diz 'a pobreza é sexista'", disse o cantor.
"Eu sou um fã do Canadá", continuou em francês, sob aplausos.
Steve Lillywhite, que está em uma conferência de música em Cingapura, comentou que está mixando um novo single do U2.
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O jornalista musical Alan Cross, que também está na conferência, escreveu sobre isso em seu blog:
Steve tem que segurar firmemente seu telefone enquanto estiver em Cingapura. Ele disse a todos durante uma palestra que Bono havia lhe dado um anel e perguntado se ele já teria mixado o novo single do U2. Esse mix está no seu telefone.
Especula-se que a música seja "The Best Thing", tocada mês passado na Noruega pelo DJ Kygo.