U2 dá detalhes sobre sua nova turnê para o The New York Times

Jon Pareles, o veterano crítico musical do The New York Times, entrevistou o U2 durante os ensaios da "Innocence and Experience Tour", que começará em 14 de maio em Vancouver no Canadá. Além de ter falado com a banda ele adiantou um pouco sobre o que os fãs podem esperar dos shows.
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Até executar suas canções ao vivo o U2 não vai saber com certeza se alguém deu especial atenção ao seu novo trabalho - "Songs of Innocence", que foi distribuído gratuitamente numa parceria com a Apple. "A ideia de que pode haver toda uma faixa de público lá fora que ainda não sabemos se eles gostam a banda", disse Bono. "Isso nos faz querer sair e encontrá-los". Ele fez uma pausa. "Eles podem não estar lá". 

A maior novidade da turnê que acontece em arenas e não em estádios, estará na forma como a música chegará aos ouvidos do público. As caixas estão sendo colocadas no teto dos locais, uma matriz oval de 12 alto-falantes que emitem a música para baixo uniformemente. Isso fará com que todos os presentes ouçam o som com a mesma clareza e a banda não irá precisar carregar no volume para se fazer ouvida.

A  a iNNOCENCE + eXPERIENCE Tour usará vídeos de alta resolução e tem uma abordagem radicalmente nova de som; é tecnologicamente mais experiente e determinada a ser íntima. A turnê já vendeu 98% dos 1,2 milhões de bilhetes disponíveis para seus 68 concertos, esgotando os ingressos para toda sua parte europeia e, em Nova York, durante os primeiros seis das oito shows no Madison Square Garden.

Kevin Weatherly, vice-presidente sênior de programação da Radio CBS e diretor do programa da KROQ, em Los Angeles, prevê: "A turnê irá despertar muito interesse. Quando tudo estiver dito e feito, as pessoas irão revisitar o álbum. A qualidade vence".

O maior problema a ser enfrentado pela banda está mesmo em Bono que ainda se recuperou do grave acidente de bicicleta que sofreu no início do ano. O cantor ainda não recuperou todos os movimentos de seus dedos, o que o impede de tocar violão ou guitarra.

"Parece que eu tenho a mão de outra pessoa. Eu não consigo dobrar esse, ou esse", disse, apontando para os dedos. "É como o rigor mortis. Mas eles (os médicos) dizem que os nervos se recuperam um milímetro por semana, então em cerca de 13 meses eu vou saber se vou voltar ao normal", completou.

O cantor disse ainda que sente dormência no antebraço e no cotovelo. "Está tudo dormente aqui, e isso é de titânio". "Eu não caí de uma Harley-Davidson. Eu caí de uma bicicleta e me quebrei em pedaços. Não há nenhuma glória nisso", reclamou.

Ele levantou a mão novamente. "Mas isto é um pouco difícil porque eu não posso tocar guitarra", em seguida, olhou para os outros membros da banda: "Eles não parecem se importar", disse com um meio sorriso.
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Na semana passada, o U2 explorou sua nova configuração na arena e sua equipe de produção experimentou efeitos visuais e, seguido por reuniões que contemplaram todas as possibilidades: A seção de cordas para as baladas? As imagens de vídeo ou campos de cor? Como aparar um setlist maior? Bono fez mais do que falar, mas era óbvio que o U2 estava determinado a trabalhar por consenso, pesando cada ideia respeitosamente. "As canções são o chefe. Elas nos dizem o que fazer e dizer a todos  neste edifício o que fazer", disse o Edge durante uma reunião jantar. "Temos apenas que desbloquear o que as músicas estão pedindo e nos dizendo a fazer".

Sobre os shows, a banda abandonou a ideia de fazer duas apresentações distintas por cidade como eles chegaram a considerar. Segundo o vocalista Bono, essa decisão foi tomada para que os fãs não ficassem com a impressão de que perderam o melhor show da temporada, já que isso acarretaria em alguns clássicos "obrigatórios" não sendo tocados todas as noites.

Foi decidido então que as apresentações serão divididas em duas partes. A primeira será mais fixa e na segunda, depois de um intervalo, o repertório poderá variar mais, abrindo espaço para raridades de seus 35 anos de carreira discográfica.

O palco será composto de três partes: uma grande e retangular (algo que parecido com o "I" de Inocência), um palco menor arredondado ("e" de experiência) e, entre eles, uma passarela que é grande o suficiente para se tornar uma terceira parte, às vezes imprensada entre telas de LED. "Aqui eles estão em uma arena, e queremos colocá-las no colo do público", disse Es Devlin , o desenhista de produção. 
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A banda chama a passarela do palco divisor porque é isso que ele faz a meio do concerto - transformando-se em uma barreira que separa o público completamente. A divisão é parte da narrativa subjacente do concerto, uma passagem da inocência à experiência flexionado por lembranças dos irlandeses.

Voltando aos shows, a primeira parte deles deverão ser mais sérias, com a banda se distanciando do público propositadamente. O ápice dessa parte será a nova "Raised By Wolves" - "o fim da inocência", como Bono chama.

A canção lembra um ataque terrorista em Dublin que matou dezenas de pessoas e foi presenciado por um jovem Bono em 1974. O vocalista acredita que ao final da metade do concerto, o público ficará desnorteado, como que se perguntando para onde foi toda a diversão.

Isso tudo mudará na segunda etapa do concerto, quando as barreiras se quebrarão e o grupo, enfim, irá se conectar com sua audiência, aproximando-se e interagindo com ela.

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Backstage no coliseu era um emaranhado de atividades: construção, programação de vídeo, edição de som, uma sala de ensaio com outro conjunto de instrumentos. Uma equipe HBO estava filmando um documentário da turnê. E havia mais um local: a gravação, com um estúdio móvel. O próximo álbum do U2, "Songs of Experience" está tomando forma.

"No final de um álbum que você está no auge de seus poderes em termos de composição, arranjo e realização", disse The Edge. "É uma pena que você tem que parar e começar então a outra fase do que fazemos, que é tocar ao vivo. Desta vez, nós realmente não paramos. Bono está tentando capitalizar esse ímpeto". Os novos produtores foram juntar-se à banda em Vancouver, incluindo Andy Barlow do grupo eletrônico Lamb, que cuida de algumas das faixas do U2 em andamento como "Red Flag Day", "Civilization" e "Instrument Flying" como Bono cantou com entusiasmo junto com ele. "Estamos mantendo a disciplina nas canções e empurrando para fora dos parâmetros do som", disse Bono. "São coisas da terra muito básicas, irreverente. Eles não são temas grandiosos. Uma das coisas que a experiência nos ensinou é estar totalmente no momento. Qual é o momento? Música pop".

Mas, enquanto isso, a banda tem uma turnê para iniciar. "Em 14 de maio vamos descobrir se o álbum e o experimento funcionaram", disse Bono. "Se as pessoas sabem as palavras e sentem as músicas, então o experimento estava certo".



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U2 vai usar a tecnologia PRG Nocturne na sua nova turnê

A nova turnê do U2, a iNNOCENCE + eXPERIENCE Tour,  inicia no próximo mês em Vancouver e deve contar com  tecnologia LED, vídeo e iluminação fornecidas pela PRG Music Group e LSI Internacional.
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Um total de 4 equipamentos Fujinon XA99X8.4BESM ultra-wide lenses serão utilizados com a tecnologia PRG Nocturne para trazer a mais alta qualidade de iluminação e vídeo para o público.
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"As lentes Fujinon permitem mostrar ao público uma visão próxima e pessoal a partir de qualquer lugar na arena ou estádio. Pessoalmente, acho que a combinação de câmeras Grass Valley com lentes Fujinon representa o melhor na indústria. Isso nos dá uma imagem superior combinada com a última tecnologia em lentes", disse David Lemmink, Gerente Geral e Diretor de Engenharia da PRG Nocturne.
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Veja o vídeo demonstrando a tecnologia  PRG Nocturne:
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Fonte: U2 Valencia

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Paul McCartney e U2 formam o pódio dos mais ricos da música britânica

O jornal britânico The Sunday Times publicou a lista anual dos músicos mais ricos da região e Paul McCartney aparece com folga na primeira colocação. O ex-beatle e a esposa dele, Nancy Shevell, possuem, segundo a publicação, uma fortuna de 730 milhões de libras, mais de R$ 3,2 bilhões.
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O renomado produtor e compositor de musicais Andrew Lloyd-Webber vem logo atrás, com 650 milhões de libras, e em terceiro lugar está um grupo da Irlanda – que não faz parte do Reino Unido e da Grã-Bretanha -, o U2, com 431 milhões de libras.

O top 10 ainda conta com dois membros dos Rolling Stones, Mick Jagger e Keith Richards, um outro beatle, Ringo Starr, e Roger Waters, ex-Pink Floyd.

O jornal também organiza uma compilação dos artistas mais bem afortunados com menos de 30 anos. Nessa, a liderança é da cantora Adele: 50 milhões de libras. Os integrantes da boy band One Direction, Niall Horan, Liam Payne, Harry Styles e Louis Tomlinson, além do ex-membro Zayn Malik, também estão bem colocados.


Veja as listas completas:

Mais de 30 anos
1. Sir Paul McCartney & Nancy Shevell (£730m)
2. Lord Lloyd-Webber (£650m)
3. U2 (£431m)
4. Sir Elton John (£270m)
5. Sir Mick Jagger (£225m)
6. Keith Richards (£210m)
7. Michael Flatley (£195m)
8. Ringo Starr (£180m)
8. Sting (£180m)
10. Roger Waters (£160m)
11. Eric Clapton (£155m)
12. Sir Tom Jones (£150m)
12. Sir Tim Rice (£150m)
12. Rod Stewart (£150m)
15. David Bowie and Iman Abdulmajid (£135m)
15. Robbie Williams (£135m)
17. Ozzy and Sharon Osbourne (£130m)
18. Phil Collins (£110m)
18. Brian May (£110m)
18. Charlie Watts (£110m)
21. George Michael (£105m)
21. Roger Taylor (£105m)
23. Jimmy Page (£100m)
23. Robert Plant (£100m)
25. Enya (£90m)
25. David Gilmour (£90m)
27. John Deacon (£85m)
28. Noel and Liam Gallagher (£77m)
29. Nick Mason (£75m)
30. Calvin Harris (£70m)
30. Mark Knopfler (£70m)
30. Pete Townshend (£70m)
33. Gary Barlow (£65m)
33. Engelbert Humperdinck (£65m)
35. Barry Gibb (£60m)
35. John Paul Jones (£60m)
37. Kylie Minogue (£55m)
37. Sir Cliff Richard (£55m)
39. Guy Berryman (£52m)
39. Jonny Buckland (£52m)
39. Will Champion (£52m)
39. Chris Martin (£52m)

Menos de 30 anos
1. Adele (£50m)
2. Niall Horan (£25m)
2. Zayn Malik (£25m)
2. Liam Payne (£25m)
2. Harry Styles (£25m)
2. Louis Tomlinson (£25m)
7. Ed Sheeran (£20m)
8. Ellie Goulding (£13m)
8. Jessie J (£13m)
8. Leona Lewis (£13m)
8. Katie Melua (£13m)
8. Marcus Mumford and Carey Mulligan (£13m)
8. Alex Turner (£13m)
14. Jamie Cook and Katie Downes (£12m)
14. Sam Smith (£12m)
14. Florence Welch (£12m)
17. Matt Helders (£10m)
17. Olly Murs (£10m)
17. Nick O'Malley (£10m)
20. Marvin and Rochelle Humes (£9m)

Fonte: Rolling Stone

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Fãs do U2 pedem para a banda tocar canções mais obscuras na próxima turnê

Os fãs do U2 decidiram fazer uma campanha através do Twitter para pedir que a banda toque um número maior de canções antigas e menos óbvias nos seus shows. A hashtag "#U2Request" (algo como "pedido para o U2).
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O pedido tem razão de ser, já que os irlandeses não costumam surpreender muito em seus setlists, compostos geralmente por uma mistura de canções novas, grande sucessos e uma ou outra canção mas antiga.

Como a banda disse que os shows da "Innocence + Experience Tour" deverão ser um pouco mais soltos, os fãs aproveitaram para pedir músicas que nunca foram tocadas ao vivo ou que há décadas não aparecem nos setlists do quarteto.

Entre as canções que estão sendo pedidas estão "Acrobat" (de 1991), "Lemon" (1993) e várias outras, incluindo várias dos primeiros anos da banda presentes em seus quatro primeiros álbuns e compactos da época.

A "Innocence + Experience Tour" terá início em maio e até novembro irá percorrer os Estados Unidos e Europa.

[ATUALIZAÇÃO]
O evento contou com mais de 39 mil tweets. Abaixo as 10 canções mais pedidas:

1- Acrobat - 3592
2- A Sort Of Homecoming - 1289
3- Exit - 1195
4- So Cruel - 1062
5- Please - 823
6- Lemon - 648
7- Who's Gonna Ride Your Wild Horses - 643
8- Gone - 610
9- Heartland - 603
10- Kite - 601

Mais informações em: http://u2request.selfip.info


Fonte: Vagalume

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U2 de volta aos ensaios

O U2 está em Vancouver, no Canadá, ensaiando para a sua próxima turnê mundial, a iNNOCENCE + eXPERIENCE Tour, que começa em maio.
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A notícia é trazida pelo site Province, que acrescenta o local escolhido para os ensaios: o Coliseu de Vancouver, reservado pela banda irlandesa por um mês.

O local está rodeado de seguranças e mais de uma dúzia de carros e caminhões, enquanto janelas e portas estão seladas com vidros escuros. A agenda do Coliseu de Vancouver só está preenchida com eventos públicos a partir de 20 de Maio (com um espetáculo do Cirque du Soleil).

Os primeiros concertos do U2 estão marcados para 14 e 15 de Maio, na Rogers Arena, em Vancouver.


Fonte: Cotonete

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Bono fala sobre os últimos momentos de seu pai

Bono deu uma visão dolorosa dos momentos finais de seu falecido pai no livro Sons + Fathers, lançado hoje - 12 de abril. O frontman do U2 falou que tinha frequentementes desacordos com seu pai desde que sua mãe faleceu quando ele era apenas uma criança. 
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No livro, que vai arrecadar fundos para a Fundação Irish Hospice (leia aqui), ele revelou que as últimas palavras de seu pai.

"Nós dançamos até a sua morte, o antigo ritual do filho contra o pai. Suas últimas palavras foram absolutamente adequadas".

"Eu estava deitado em um colchão no Beaumont Hospital ao lado de sua cama, depois de ter voado para casa após um show do U2, em Londres. Meu pai acordou no meio da noite, ansioso e sussurrando. Sua doença de Parkinson tinha tomado um pouco de sua bela voz de tenor".

"Os sussurros eram percussivos, animados. Eu chamei a enfermeira e ambos nos inclinamos para tentar entender o que ele estava dizendo. Ela falou em alto e bom som: 'Dane-se. Eu quero ir para casa, eu preciso ir para casa'. E ele foi".

Refletindo sobre os últimos momentos de seu pai depois da batalha contra o câncer, Bono indica seu pai, Bob Hewson, como fonte de sua criatividade.

"Meu pai passou suas últimas semanas conservando energia para sua próxima aventura, em grande parte, ao dormir, onde a graça dos anjos, também conhecido como o pessoal de enfermagem, fez o incompreensível (para qualquer um de nós) como suportável, pois jamais poderia ser".

"Eu tentava ficar acordado enquanto ele dormia e aproveitava para meditar sobre o homem talentoso que eu tinha como pai. Toda a minha criatividade vem dele".

"Ele leu Shakespeare, pintou, cantou e dançou. E quando ele não estava discutindo com os homens, ele fazia as mulheres rirem" .

Bono também refletiu sobre a forma como a sua relação com o seu pai tinha se tornado tensa depois que sua mãe, Iris, faleceu quando ele era um adolescente.

"Quando ela se foi, tomada por um coágulo sanguíneo que virou como um interruptor na cabeça, 10 Cedarwood Road não era mais um lar. Era uma casa de três homens: meu irmão Norman (Nobby), eu e meu pai aflito, que tinha agora, aos nossos olhos adolescentes, se tornado uma figura indesejada de autoridade - um sargento, destinando para o meu irmão e eu as tarefas que minha mãe costumava executar".

Bob cera um católico devoto, enquanto Iris tinha encaminhado os seus dois filhos como protestantes. Bono disse que seu pai lhe ensinou sobre a religião uma das lições mais importantes de sua vida. 

"Na manhã de Natal sempre foi o momento de conversa do ano. Religião. Eu não percebi que ele estava me ensinando uma grande lição: questionar tudo. Ele não gostava que eu questionasse a sua autoridade, mas encorajou-nos a questionar cada outra autoridade".

"Na década de 60 era um católico, que levava sua esposa protestante e dois filhos para uma pequena igreja da Irlanda Finglas todos os domingos, à missa na igreja católica, em seguida, retornava para buscá-las".

"Ele entendeu que Deus e a religião eram dois conceitos distintos e que se pode mantê-los longe um do outro".


Fonte: Irish Mirror

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Tradução do livro “U2 Show” – Parte 20 (Final)

No capítulo final, GAVIN FRIDAY, amigo de longa data da banda, conta um pouco da história deles, dos integrantes do U2 e do Virgin Prunes, e de como essa amizade entre eles se construiu e perpetuou.
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"Eu conheço o Bono há mais de 30 anos, e o U2 há uns 28. Nós até tocamos juntos algumas vezes. A primeira performance da minha banda, The Virgin Prunes, foi com o Guggi, outro cantor (e agora artista plástico), acompanhado pelo U2 incógnito. Nós então nos desenvolvemos como músicos - alguns deles formaram uma banda excelente chamada The Hype. Dick, o irmão mais velho do Edge, virou nosso guitarrista principal. Um dos primeiros lugares em que o U2 tocou regularmente foi o Hotel Sutton. Eles tinham que tocar por 1 1/2 ou 2 horas, isso na época em que eles estavam começando a compor material próprio, mas ainda tocavam muitas versões cover. Às vezes, o Bono ficava cansado, e então eu entrava no lugar dele, cantava 2 ou 3 músicas e então Bono voltava. Havia uma música que as duas bandas escreveram juntas, e que se chamava Sad, mas nunca foi gravada. Nós tocávamos uma versão dela, e o U2 também tocava a versão deles, e ocasionalmente o Guggi cantava com eles, e da mesma forma às vezes o Bono cantava conosco. O processo criativo entre nós ainda é interligado, e até mais do que era. Não há gravação que eu faça ou que eles façam sem que um ou outro de nós opinemos a respeito, porque nos entendemos e conhecemos uns aos outros muito bem.”
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Quando nossas bandas se formaram, no final dos anos 70/começo dos 80, do meu ponto de vista o que eu fazia musicalmente era muito mais controvertido e de vanguarda do que o puro rock´n´roll. Os Virgin Prunes era uma banda punk que fazia performances vanguardistas. Eu fiz parte do movimento punk de Dublin. Antes do punk, o rock´n´roll era coisa de elite na Irlanda. A ênfase era toda na música tradicional e nas show bands, e a única referência ao rock´n´roll era o Van Morrison. Com o advento do punk, chegaram os Radiators From Space e os Boontown Rats. As bandas jovens da nossa geração eram o U2, The Virgin Prunes, The Blades, e era muito difícil conseguir local pra tocar. Não havia lugares adequados para shows. O país era muito conservador. Um dos lugares de mente mais aberta ficava do outro lado da rua: o Projects Arts Center, dirigido pelo Jim Sheridan, o cineasta. Ele era bem receptivo às bandas punk. Os outros lugares eram as universidades - Trinity College e University College Dublin. Havia um lugar chamado McGonagles, que ficou famoso como palco de shows de punk rock, e outro, o Dandelion Market, que não existe mais. O U2 e Paul McGuinness tiveram a idéia de tocar aos sábados no Dandelion Market. Esses shows acabaram sendo lendários para o U2. O Virgin Prunes nunca tocou lá, no entanto. Nós éramos vanguarda demais. Nós assustaríamos o público local, e eu não estava interessado em apelo de massas.”
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“Antes que nossas bandas existissem, no entanto, nós todos éramos amigos. Crescemos na mesma rua, e aos 13 ou 14 anos, nossso grande amor era pela música, e não pelo futebol que a maioria dos adolescentes amava na época. Nós falávamos sobre coisas ridículas, como formar bandas e fazer filmes. Sonhos e ambições de adolescentes. Nós éramos crianças muito determinadas. Quando o punk rock apareceu, trouxe pra nós algo interessante, nos deu licença pra formar bandas. Antes disso, eu sentia que era preciso quase ter um diploma pra formar uma banda. Antes do punk, havia um certo misticismo, "veja só, Eric Clapton é um gênio", como se o cara fosse de outro planeta. Mas o punk rock tinhas raízes nuas, tudo o que você precisava saber eram 3 acordes, e pra nós isso era algo como "Jesus! Nós podemos fazer isso!" Nós costumávamos compartilhar ensaios e equipamentos. Grandes amigos virando bandas de rock - uma comunidade unida. Nós ainda temos um grupo de 20 ou 30 amigos que andam juntos. Fica ainda maior quando você junta as namoradas, esposas e filhos. É como uma tribo. E é algo cultural também.”
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Nós todos começamos a viajar ainda muito jovens. Quando o U2 conseguiu seu contrato com a gravadora em 1980 e começou a excursionar pelos Estados Unidos, o Virgin Prunes começou a excursionar pela Europa, e então perdemos o contato que tínhamos como quando éramos vizinhos e colegas de escola. Essas viagens nos mantiveram no mesmo barco, porém com escalas muito diferentes sobre onde queríamos chegar. Você voltava depois de 6 meses na estrada, e tinha a oportunidade de compartilhar todas essas experiências. Bono é como um irmão pra mim. Ele e Guggi são os meus melhores amigos."


A importância do U2 para a história da música

"A influência do U2 é algo extraordinário, porque eles estão juntos há muito tempo. Eles estão no mesmo nível dos Beatles e Rolling Stones, e ainda não acabou pra eles. O que o Bono tem feito como pessoa é também extraordinário. E isso replica na banda. Você não pode separar, nas verdade. O que eles fizeram, musicalmente falando, nos últimos 3 ou 4 anos é incrível. A verdadeira mudança aconteceu quando eles se reinventaram no começo dos anos 90. E se transformou em algo profundo, porque o que eles fizeram com a Zoo TV, Zooropa e, acredite ou não, com a PopMart, vai durar por muito tempo. Eles transformaram o rock de arena completamente, porque o rock de arena havia ficado muito preguiçoso ultimamente. Só o que interessava é vender ingressos, mas eles na verdade trouxeram estética e emoção, paródia e entretenimento, e transformaram tudo. Eles trouxeram a arte para a música, e tiveram uma ótima equipe para ajudá-los a fazer isso. Isso mudou o rumo da história da música e das turnês, e é único. A PopMart estava dois passos à frente, especialmente, do ponto de vista norte-americano. Há certas coisas culturais que não mudam. O U2 se alimentou da cultura dance do meio dos anos 90, que era na verdade euforia do fim dos anos 80 na Europa. Tinha uma sensibilidade europeia. A aparência deles e o álbum Pop foram influenciados por isso. Os americanos só agora é que estão entendendo isso. Então, naquela época, nos Estados Unidos, eu acho que foi algo tipo "Mas que diabos é isso???", musical e visualmente falando. E aquele telão...uau, isso foi algo grande, isso foi corajoso, extraordinário. Eu acho que o fato de o Bono ter cortado o cabelo e usado roupa de super herói foi um passo longe demais para os ianques. Eles ainda estavam com Zooropa na cabeça. Mas o U2 continuou forçando a barra. Depois do estrondoso sucesso de The Joshua Tree, eles levaram um chute da mídia local por causa do Rattle & Hum. Depois do Achtung Baby, eles ficaram mal falados por lá por causa do Pop. Foi um chute semelhante. Mas eu acho que o que eles fizeram com o Pop foi muito mais radical do que o Rattle & Hum. Rattle & Hum foi tirar o chapéu para as lendas do rock e blues, sabe, como BB King e os grandes compositores, o livro da história do rock´n´roll, de volta ao Sun Studios. Pop e a PopMart olharam para a frente, adiante no tempo. Às vezes os americanos não gostam de olhar à frente rápido demais...”
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“Eles são incrivelmente éticos, e têm incrível seriedade e determinação no que fazem, e sempre tentam se superar artisticamente. Há também muito humor e paródia. Uma das pessoas mais engraçadas que se pode conhecer é o Bono, acredite ou não. Ele é um pouco um demônio, a seu modo. Ele é muito descolado e esperto. Você pode fazer negócios com ele, mas também pode se divertir muito. Eu acho que a Zoo TV e a PopMart mostraram que havia humor. Eles não dão nada por certo e garantido. Eu tenho uma teoria na minha cabeça: o dia em que você chegar e começar a produzir um álbum sem o mesmo entusiasmo e os mesmos medos de quando você tinha 18 anos e entrou pela primeira vez num estúdio, então há algo muito errado. A questão toda é: nunca se acomodar com os louros da fama, nunca dar as coisas por certas e garantidas, e então se deixar levar por isso na verdade. E muita gente age assim. Ele dizem "Já ganhei bastante dinheiro, sou muito bem sucedido". Mas não é o dinheiro que conta. O trabalho ético é enorme, mas nós aproveitamos a vida, não ficamos sentados resmungando. Eu acho que tem muito a ver com o jeito dublinense de ser, sensato e realista."



Os Beatles e o U2

"Os Beatles vieram de Liverpool, e Liverpool é basicamente outro subúrbio de Dublin, só que do outro lado do rio. Uma coisa que os Beatles tinham eram uma certa dose de "irlandesidade" - especialmente John Lennon. Acredite, o U2 tem muita tenacidade enraizada."




Tradução: Maria Teresa

Leia a Parte 19.


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Tradução do livro “U2 Show” – Parte 19

A parte final do livro traz o depoimento de BARRY DEVLIN, integrante da banda irlandesa Horslips e mais tarde diretor de videos do U2. É dele a direção do Making Of The Unforgettable Fire, inicialmente lançado em VHS e mais tarde com bônus no DVD Go Home. Ele começa falando dos primeiros contatos que teve com Paul McGuinness que, na época, era amigo do empresário da Horslips, Michael Deeny.
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"Quando Paul me procurou em 1978 e disse "Estou pensando em ser empresário de outra banda" (obs.: Paul McGuinness já tinha empresariado a banda irlandesa Spud), eu disse, "Você tá maluco, não faça isso, de jeito nenhum! O punk está com os dias contados, vai acabar em menos de 1 ano". Ele disse "Bem, eu não concordo com você. Acho que esses caras são muito bons". Ele então me pediu pra ir ao estúdio com eles, e eu concordei. Quando saí do estúdio eu disse a ele: "Duas coisas: 1) você tem que conseguir um bom produtor e 2) você vai ter que hipotecar sua casa". Eu já estive numa banda. Eu sabia o que fazia uma banda acontecer. O que define as grandes bandas é o tipo de cola, de ligação que existe entre os seus membros. Tem que haver um certo grau de compatibilidade, um certo grau de imaginação, mas mais do que tudo, tem que haver um sentido próprio sobre até onde eles podem chegar juntos, como uma unidade. Foi isso exatamente o que eu vi neles, de forma única, e eu estava certo. O U2 tem as mesmas quatro pessoas na banda que começaram naquela época. Ninguém, nunca, na história do mundo, fez isso antes. Simplesmente não aconteceu. Esses caras tinham a expressão "Grande Banda" escrita neles, por toda parte. Eles estavam marcados como zebras. Eu realmente acreditei que eles eram extraordinários. Eu disse isso publicamente, e não o teria dito se não acreditasse."
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"Eles já sabiam bastante o que queriam na época, musicalmente falando. Quero dizer, antes do Edge, todos os guitarristas baseavam seus riffs em torno do blues; todos eles queriam ser um blues man. Mas The Edge tinha essa coisa diferente, um som mais estridente, e desde então é isso o que a guitarra é. No estúdio, a linha de comunicação era bem clara. Bono podia dizer a Edge o que ele queria fazer, e Edge sabia o que o Bono queria dizer. Aquilo que o Bono quer é muito importante, mas ele não conseguiria fazer o que quer sem o Edge para traduzir isso. Separadamente, eles são ótimos. Juntos, são imbatíveis."
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"Eles são uma grande banda pra se falar a respeito, porque sempre juntam a prática com a teoria extremamente bem; mas não tente dizer a eles o que fazer, a menos que você possa demonstrar que sabe de algo que eles não sabem. O U2 herdou um mundo onde as bandas tinham controle criativo. A maioria das bandas de hoje conseguem se concentrar por não mais do que 38 segundos, então quando vão a reuniões com a gravadora, eles tendem a olhar para aquilo tudo e dizer "Okay, legal, mas tô com dor de cabeça agora, acho que vou cair fora e beber alguma coisa". Isso é bom para as gravadoras, que ficam até bem contentes com esse tipo de controle. Não é assim com o U2. Ninguém jamais conseguiu enrolar esses caras. Nunca. As pessoas chegam e pensam "vamos conseguir aprovar isso logo logo", e 24 horas depois essas mesmas pessoas estão com os olhos inchados de cansaço e os rapazes do U2 ainda estão lá, perguntando, dizendo "Nos mostre aquilo novamente..."Seja qual for o detalhe técnico mais obscuro que eles precisem saber - e alguns que eles nem precisam - eles vão dar um jeito de saber como o processo todo funciona, e ainda vão te dizer como fazê-lo melhor. Eles até assustam um pouco, desse jeito, são muito inteligentes, muito determinados. Bono é incrivelmente determinado; ele tem genuinamente um compromisso com a perfeição em cada detalhe; ele trabalha muito isso."

"O U2 sempre manteve a aderência a um princípio muito simples, que é: eles sabem no que são melhores do que todos os demais. Eles são um fenômeno extraordinário - estilo e substância, juntos, ao mesmo tempo."


DAVE KAVANAGH, que foi o primeiro agente deles, que agendou e promoveu as primeiras turnês deles na Irlanda. A parte mais interessante nesse artigo, e de certa forma única em todo o livro, é sobre a influência do U2 sobre seu próprio país, de como eles ajudaram a mudar a cara da Irlanda.
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"Eu acho que eles podiam ter nascido em qualquer lugar, mas eles nasceram aqui em Dublin e sempre demonstraram enorme orgulho disso. Lembre-se, eles foram a primeira banda a permanecer aqui, a primeira banda que não foi embora da Irlanda. Foi uma escolha muito pessoal que eles fizeram: eles ficaram aqui e contribuíram significativamente para o desenvolvimento da indústria nesse país. Eles não só se desenvolveram sob o ponto de vistas de suas apresentações ao vivo: eles desenvolveram a si mesmos, desenvolveram equipes de turnês, equipes de som, estúdios e salas de ensaio, eles criaram uma mini-indústria completa, por terem ficado aqui, por ensaiarem aqui, e por se apresentarem a partir daqui."
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"Eu não poderia quantificar a contribuição absoluta que eles têm feito para a vida dos irlandeses, esquecendo apenas o aspecto musical disso. Eu viajei ao redor do mundo como empresário do Clannad, fazendo shows em lugares diferentes, e as pessoas me diziam "De onde você é?" e eu respondia "Sou da Irlanda". Eles então diziam "Ah, você é do desgraçado do IRA. Vocês continuam lá se matando uns aos outros?" Eu lembro da mudança significativa que aconteceu (obs.: depois do sucesso do U2) quando, ao dizer de onde eu era, as pessoas comentavam "Ah, é de onde vem o U2!". Eu pensava, "Jesus, eles suplantaram o desgraçado do IRA em termos de reconhecimento mundial!" O país subitamente deixou de ser conhecido como um campo de batalha para ser a terra do U2. Isso mostra o quão importante eles ficaram, e nós tivemos a chance de dizer lá fora que somos irlandeses sem sermos mais associados apenas à guerra. Eles mudaram a percepção desse país internacionalmente de uma forma muito positiva. E eu serei eternamente grato a eles por isso." 



Tradução: Maria Teresa

Leia a Parte 18.

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Tradução do livro “U2 Show” – Parte 18

BILL FLANAGAN, autor do livro “At The End of The World”, ex editor da revista Musician e vice-presidente da MTV Networks International, comenta sobre a relação deles com o público e midia norte-americanos.
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"O núcleo do que o U2 faz permanece extraordinariamente consistente. A forma com isso é apresentado ao mundo tem sido adaptada, porque os tempos mudaram. Bono sempre protesta contra o que ele chama de posicionamento "arroz integral", o posicionamento hippie sobre muitas coisas. Mas ele tem muito mais de "arroz integral" nele do que ele quer que o mundo saiba. Ele tem sim. Veja por exemplo, a questão do patrocínio: eu sei que eles tem tido intermináveis discussões filosóficas sobre isso, mas até hoje eles simplesmente não conseguem aceitar patrocínio. Esse é, em suma, um posicionamento "arroz integral", e é parte do que amamos neles. Dentro de toda a mudança de imagem e de som e de produção dos discos e da forma como os shows são apresentados, ainda existe esse núcleo alicerçado em quatro pessoas que se encontraram no início dos anos 80 e com as quais nós crescemos juntos. Seria patético se eles aparecessem com os mullets e a bandeira branca tocando I Will Follow todas as noites, recriando um momento de glória. Mas o coração de I Will Follow está vivo em tudo de melhor que eles fizeram desde então. Certamente estava vivo na Elevation Tour: aqui está o puro U2. Todas as suas canções sobrevivem, uma após a outra, sem enfeites, com o palco nu, com a banda entrando com as luzes acesas, e ainda assim vão te proporcionar uma experiência transcendente."
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"Os quatro integrantes do U2 mais Paul McGuinness formam uma espécie de punho - quatro dedos e o polegar - e isso tem sido sempre o núcleo de como eles operam. Parece totalmente improvável pra mim que alguém pudesse surgir de repente, e se tornar parte desse núcleo. Mas ao mesmo tempo, não conheço nenhum outro caso ou circunstância em que, após 25 anos de imenso sucesso, uma banda de 4 integrantes tenha mantido os mesmos 4 sem nenhuma mudança, incluindo o empresário. Isso é muito, mas muito incomum. Talvez o U2 seja único nesse caso. E eu acho que, enquanto esse grupo permanecer junto, não importa o quanto as aparências mudem, o U2 permanecerá sendo a banda que foram desde o início."


Na sequência, DAVE FANNING, deejay da 2FM Radio, de Dublin, fala sobre suas experiências com o U2.
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"Na Irlanda, as pessoas frequentemente falam que 3 coisas começaram mais ou menos ao mesmo tempo: o U2, a Hot Press e a 2FM, ou Radio 2 como era chamada na época. E eles mudaram a cara de tudo. O U2 recebeu grande ajuda das rádios. Desde o comecinho, em maio de 1979, eu e Ian Wilson (obs.: já traduzi trechos do artigo dele) trabalhamos juntos. Nós fazíamos tudo o que queríamos, e estávamos alheios à qualquer interferência sobre o que tocar (obs.: ele se refere aqui ao nosso conhecido jabá de gravadora). Ouvi falar do U2 pela primeia vez em 1978, e me envolvi porque tocava as demo tapes deles, e eles eram uma das bandas que eu tentava ajudar. Eu me envolvi bastante também nas apresentações deles. Olhando pra trás, seria fácil dizer " Ah, nós todos sabíamos que o Bono tinha algo especial!". Não, não sabíamos. Mas nós certamente sabíamos que ele era alguém que se arriscava bastante, e isso era o que era preciso. Gostei realmente deles, quando os encontrei."
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"Eu assisti à War Tour. Nossa Senhora! A War Tour teve quatro datas na Irlanda! De qualquer maneira, nós fomos a Belfast, Galway, Cork e Dublin. O álbum número três estava para ser lançado. Eu me lembro, no ônibus da turnê, me perguntaram qual música devia ser o single. Eu disse Sunday Bloody Sunday, que mais tarde se tornou num grande hit pra eles. Mas New Year´s Day é que foi o single, e foi algo muito grande. Essa foi a primeira música do U2 que entrou direto para o topo das paradas. Em Belfast eu me lembro de que eles estavam apavorados só de pensar em tocar Sunday Bloody Sunday. O motivo seria: "Quem é esse bostinha da classe média de Dublin que vem a Belfast nos dizer como devemos viver nossas vidas?" Eu lembro do McGuinness apavorado também, porque ele estava de pé no mezanino (do teatro/arena) e eu estava perto dele. Ele ficou muito satisfeito quando ouviu a grande animação do público ao final da música. Deu tudo certo no final. A maioria das pessoas que vão a um show não estão lá por questões políticas, elas só querem é se divertir."
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"As coisas não aconteceram do dia pra noite para o U2, como acontece com outras tantas bandas. Na verdade levou algum tempo. É algo fenomenal como eles permaneceram juntos, e nunca mudaram os integrantes ou qualquer outra coisa. Eles têm muita harmonia, são muito pé no chão, e muito capazes de serem apenas bons amigos e gente comum. Lembrem, eles cresceram juntos na escola. Esse tipo de raízes é muito importante."




Tradução: Maria Teresa

Leia a Parte 17.


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Windmill Lane, estúdio onde o U2 gravou seus primeiros discos, foi demolido

O estúdio Windmill Lane, localizado no sul da cidade de Dublin, utilizado por estrelas como Rolling Stones, Van Morrison, REM, Sinéad O'Connor e Elvis Costello, foi demolidos neste final de semana.
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No entanto, foi o U2, que gravou os seus discos entre Boy e The Joshua Tree no local, que foi melhor associado a Windmill Lane.

Mesmo com que o estúdio já estivesse desativado, os fãs continuavam a visitar o local ao longo dos anos e presta homenagem aos antigos dias de glória dos edifícios através da adição de grafite nas paredes ao redor do prédio.

Estas lendárias paredes ainda sobrevivem após o trabalho do fim de semana e devem ser vendidas ou doadas.


Fonte: Independent.ie

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Tradução do livro “U2 Show” – Parte 17

GREG PERLOFF, promoter de shows do U2 na Califórnia, incluindo o de San Francisco na Joshua Tree tour, onde o Bono grafitou "rock´n´roll stops the traffic" em um monumento e quase foi preso. Ele fala sobre suas experiências com a banda.
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"Na noite em que falei com o Bono pela primeira vez - quando eles abriram para a G.Jeils Band em São Francisco, na primavera de 1981 - ele me disse "Eu tenho a visão, eu tenho a energia, eu tenho o comprometimento. Nós vamos ser a maior banda de rock do mundo". Eu pensei "ai meu Deus"...Digo, esse cara estava numa banda de abertura que ía tocar numa arena de 8.000 lugares...Mas ao invés de achá-lo exibido, vaidoso, eu olhei pra ele e pensei "não vou duvidar". Quer dizer, eles eram apenas um número de abertura. Se qualquer outro tivesse dito isso você simplesmente diria "que isso cara, cai fora daqui". Ninguém jamais criou uma sonoridade como a do U2. Não conheço uma banda sobre a qual alguém já tenha dito "bem, eles se parecem com o U2". Pense nisso."
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"Eu lembro de um show que fizemos juntos no Cow Palace que me trouxe lágrimas aos olhos. Eles chamaram um garoto pra tocar com eles Knockin on Heaven´s Door, do Bob Dylan. Lá estava um garoto de 20 anos de idade cuja vida estava a ponto de mudar. Ele subiu ao palco, e Bono falou sobre as possibilidades de sonhar. Que se você acredita em si mesmo e acredita que pode fazer grandes coisas nesse mundo, as coisas podem mudar. Ele foi muito eloquente. Então eles trazem esse jovem para o palco, e o Edge ensina a ele a progressão de 3 acordes, bastante simples. O rapaz está tão nervoso que durante os primeiros 8 compassos ele não consegue tocar direito, mas logo a seguir ele vai melhorando. Lá está ele no palco, na frente de 15 mil pessoas, com o U2, e o Bono para de cantar e então o Edge, bem devagar, dá alguns passos para trás e para de tocar, então você tem o baixo, a bateria e somente o garoto, tocando. E por pouco tempo, talvez por uns 8 compassos, eles simplesmente mostraram para todo aquele público o que acontece quando você tem força de vontade pra tentar fazer algo. Foi uma das experiências mais extraordinárias que eu já tive em 30 anos nesse negócio. Posso dizer a vocês que, se isso me afetou tão profundamente, pense no que isso fez para aquele rapaz e aquele público. Agora, se você tivesse o poder pra fazer isso... Quantas bandas podem tentar algo como isso e se darem bem? Quantas bandas podem entreter, ensinar e se posicionar a favor de coisas positivas nesse mundo, tudo ao mesmo tempo?" Eu não falo sobre essa banda do mesmo jeito que falo sobre as outras. Ninguém jamais criou uma sonoridade como a do U2".



IAN WILSON, foi produtor da Rádio 2FM de Dublin, grande apoiadora do U2 desde o começo.
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"Eu lembro de encontrar com o Bono em 1978. Ele me perguntou sobre esse cara, Paul McGuinness. "Você o conhece, não é? Como você o considera? Eu disse,"Bem, ele é um operador muito arrojado, Paul. Então entre nessa com os olhos bem abertos, não se deixe enganar por qualquer conversa fiada, e ele fará um ótimo trabalho pra vocês. Ele é um homem esperto, mas não sejam muito ingênuos quanto a isso, garotos!" Dave Fanning, que estava numa rádio pirata naquela época, começou a tocar a nova música irlandesa, e uma dessas bandas era o U2. Eles tinham recentemente gravado uma fita demo, e ele estava tocando na rádio e dando apoio a eles. Então de repente o Paul McGuinness me telefona e diz "Nós vamos gravar um single. Ainda não decidimos qual música colocar no lado A". Acertamos então que, durante a semana, nós iríamos tocar as três músicas, e pediríamos aos nossos ouvintes para nos mandarem postais com a sua música escolhida, e uma semana mais tarde nós divulgaríamos qual estaria no lado A e qual no lado B. Então nós tocamos e as pessoas votaram. Eles escolheram Out of Control. O single foi lançado, e foi um enorme sucesso na Irlanda."
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"O U2 é engraçado de certa forma, porque eles são e não são irlandeses. Eles têm sua base na Irlanda, mas eles são uma mistura de culturas. Larry é bem da zona norte de Dublin, da classe operária, católico, pé no chão, e fala com aquele sotaque. Bono é fruto de um casamento misto, protestante e católico, de novo da zona norte de Dublin. The Edge vem de uma família originalmente do País de Gales, de uma cultura religiosa típica daquela região. Por outro lado, temos o Adam, que é puramente britânico, de uma cultura protestante inglesa. Você tem aí uma boa mistura. Em termos de "ser irlandês", eles são na verdade uma mistura de influências que os tornou diferentes ao longo dos anos. Você não pode identificá-los como classe média, você não pode identificá-los como protestantes ou católicos. Eles vieram de uma cultura diferente da maioria das outras bandas da Irlanda. Uma das principais características deles é a sua impecável lealdade."




Tradução: Maria Teresa

Leia a Parte 16.

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Tradução do livro “U2 Show” – Parte 16

STEVE AVERILL, designer das capas dos discos do U2 (além de ter sido quem sugeriu esse nome a eles), fala sobre seu trabalho com a banda.
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"Eu estive envolvido na primeira sessão de fotos deles, direção de arte e design dos primeiros singles que eles fizeram para a CBS Ireland. A primeira capa que fizemos foi a do U2-3. Antes disso, fizemos um poster pra shows. Foi a primeira peça impressa em que trabalhamos juntos, e tudo se desenvolveu a partir daí. A foto para o primeiro álbum já tinha sido feita. Hugo McGuinness, um amigo da banda, havia tirado as fotos, então escolhemos uma delas que eu achei que funcionaria e essa foi a que a usamos, bastante clara e emocionante. Tiramos muitas fotos no estúdio enquanto eles gravavam o álbum. A capa foi uma decisão corajosa para um primeiro álbum porque o design não realça o nome da banda, e nem o título do disco aparece. É engraçado que o álbum seguinte, October, parece muito mais com um primeiro álbum, porque tem o nome bem grande e uma foto da banda na frente. Mas aquele primeiro álbum se tornou quase um ícone, associado com a sensação de inocência que eles tinham como banda. Para cada capa de álbum que fizemos juntos desde aquela, sempre há muita discussão sobre como as coisas funcionam e o que eles fazem, é um caminho muito sólido que temos seguido. Você sempre tem que surgir com algo que eles gostem, que achem excitante, que eles achem que representa bem sua música. Você não pode ficar preguiçoso, tem que estar sempre afiado. Graficamente e musicalmente você tem que se encaixar no que eles estão fazendo.”
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"October foi obviamente a capa em que eles quiseram trazer a banda um pouco mais para a frente, então tiramos as fotos na região das docas em Dublin. Foi algo bem direto. Eu acho que havia um sentimento no Bono àquela altura de que ele gostava de algumas das capas de discos dos anos 60, onde o título aparecia na frente, como Bob Dylan e outros. Foi uma capa simples de fazer. Acho que, de certa forma, foi uma das capas mais fracas. Foi a capa certa para aquela época, mas podíamos ter escolhido fotos mais fortes."
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"War foi mais complicado, porque eles já tinham o título bem cedo e falavam muito em tentar conseguir autorização para usar fotos do famoso fotógrafo de guerra Don McCullin, ou alguém como ele. Encontrar a imagem certa era crucial. Falamos em procurar uma foto existente que representasse a idéia inteira. Mas isso te deixaria preso a um lugar, como o Oriente Médio ou Belfast ou outro lugar. Eu havia visto um documentário alguns anos antes sobre os nazistas que perseguiam pessoas no gueto polonês. Uma cena ficou gravada na minha mente: um menino parado contra um muro com as mãos atrás das costas, visivelmente aterrorizado. Isso é o que eu estava tentando capturar, essa sensação de medo. Inicialmente pensamos "que garoto vamos usar?" E então, porque já haviam feito uma capa com Peter Rowen e o conheciam, ele pareceu uma escolha óbvia. Suponho que, se eu tivesse me sentado e pensado um pouco mais, teria dito "não, não usem o mesmo garoto - fica muito parecido com aquela capa." Mas acabou ficando muito bom. A parte tipográfica imita o esquema de cores preto e vermelho das capas da revista Life."
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"Eu sabia que o título The Unforgettable Fire vinha de uma exposição sobre Hiroshima e eu entendia o seu significado. De fato uma das capas que eles me apresentaram continha uma vista aérea de Hiroshima, com um alvo desenhado. Mas nós sabíamos que não seria muito apropriado, então tentamos pensar em lugares ou épocas onde o fogo tivesse criado algo que fosse intrinsicamente belo e diferente. Então pensei em castelos e casas incendiadas, onde a estrutura remanescente tivesse presença e estilo. O fogo destrói uma coisa e cria outra. Consegui alguns mapas e num período de três dias visitamos alguns castelos com o fotógrafo Anton Corbijn. Nos demos conta rapidamente de que muitos dos castelos ficavam dentro de vilarejos, ou tinham sido transformados em celeiros, ou não eram assim tão bons para serem fotografados. O que aparece na capa do álbum é um lugar chamado Moydrum Castle no Condado de West Meath, e é na verdade uma antiga mansão, não um castelo."
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"Unforgettable Fire definiu o tom para o Joshua Tree, quase trazendo a presença física da banda pra dentro da paisagem. Acho que o título provisório para o Joshua Tree era The Two Americas. O conceito do Bono era que o lugar onde o deserto encontra a civilização é um lugar bruto. Então inicialmente decidimos encontrar uma cidade fantasma que pudesse expressar isso - e achamos. A capa foi fotografada em preto e branco perto de Zabriskie Point.” 
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“Com o Rattle & Hum eu fui com a banda para Los Angeles e gastamos algum tempo discutindo ideias com eles e as pessoas na Paramount Pictures. Ficou óbvio pra mim bem cedo que não havia sentido em fingir estar fazendo alguma coisa, porque eu não tinha o equipamento em Los Angeles que eu tinha em Dublin e eu estava até contente com isso. Eu sabia como a capa ía ser, então gastei 10 horas pesquisando e editando imagens de shows ao vivo até encontrar aquela imagem do Bono com o holofote apontado para o Edge. A foto veio de Bullet the Blue Sky no show, onde o Bono queria passar a sensação de uma guerra com o holofote, e a música tinha um som pesado e cru. Isso veio até certo ponto de suas experiências quando esteve na América do Sul. Bem cedo ele sabia, mais ou menos, que essa era a imagem que ele queria mostrar. No fim, acabou sendo refeita em estúdio com o Anton Corbijn.”
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“Achtung Baby foi o próximo, e representou uma imensa mudança em termos de reinvenção da banda. A sensação de ironia e divertimento, de brincar de ser um rock star, era a tônica do momento. E foi provavelmente um dos períodos mais extensamente fotografados para eles - Santa Cruz de Tenerife, Berlim, Marrocos. Começamos tentando achar uma imagem apenas que pudesse projetar o que eles queriam fazer e, passo a passo, essa imagem única se transformou em múltiplas imagens, de forma a refletir essa mudança completa. Decidimos então fazer uma montagem, com o maior número de imagens possíveis na capa. Existem cerca de 36 fotos no pacote completo, e isso causa uma impressão extraordinária. O sistema de grade foi introduzido, e depois seguido em ambos, Zooropa e Pop. Nós trouxemos o mesmo tema através de todas aquelas imagens em todas aquelas capas.”
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“Achtung Baby representou uma imensa abertura para a forma como fazíamos as coisas. Zooropa aconteceu muito rapidamente. A turnê Zooropa se desenrolava na Europa e eles voltavam para o estúdio em Dublin com a frequência possível, quase a cada 2 dias, pra trabalhar nas gravações. Gastamos muitas noites no estúdio deles trabalhando em ideias, enquanto eles trabalhavam nas músicas. Era para ser um EP e depois virou um álbum, então o título da turnê foi sugerido. Inicialmente propusemos ideias baseadas na bandeira da União Européia, mas já haviam sido criadas uma ou duas capas com essa imagem. Em vez disso, criamos uma bandeira eletrônica usando computadores e imagens sobrepostas. Pegamos imagens da contracapa e sobrepusemos com títulos e outras coisas. Foi também a primeira capa que fizemos num Mac, então estávamos ainda experimentando com tecnologia informatizada. Ao longo dos anos, desenvolvemos um certo entrosamento com as pessoas. Você tem uma ideia do que eles estão pensando ou pra onde estão indo.”
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“A próxima capa de álbum que fizemos para o U2 foi a do Pop, pra qual nós queríamos um design que de certa forma refletisse artistas pop como Andy Warhol e Lichtenstein, não como uma homenagem, mas mais como algo que eles teriam feito se tivessem a tecnologia de computadores que nós temos. Nós queríamos que o programa da turnê se expandisse além disso. Por si só aquela turnê era fenomenal, e a capa do programa se transformou num reflexo exatamente do que acontecia naquela época."




Tradução: Maria Teresa

Leia a Parte 15.


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