"Todos os dias você deve tentar começar de novo, olhar para seus erros e ações, sozinho ou com a ajuda de Deus, nós fizemos isso com este disco". Com estas palavras Bono apresentou neste domingo, 12 de outubro, no programa italiano "Che tempo che Fa" o mais recente álbum do U2, "Songs of Innocence".
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Quatorze anos após a participação em Sanremo, quatro anos após a última apresentação ao vivo em Roma, o U2 volta à Itália para a primeira apresentação mundial depois da participação surpresa durante o evento da Apple em 9 de setembro (leia aqui).
A entrevista começa desde com a última vez que os irlandeses apareceram na TV italiana, com Luciano Pavarotti a trazê-los para San Remo: "Quando conheci Maestro, meu pai, um amante da ópera, me perguntou como eu estava ao conhecer um verdadeiro cantor - disse Bono - após a morte de meu pai, senti que minha voz havia melhorado, como se fosse um presente".
Não é estranho que Bono comece a partir de memórias de família: "Songs of Innocence" é anunciado como o disco mais íntimo de sua carreira. "Após o último álbum - disse o cantor - nos perguntamos por que fazer outro disco, porque estar em uma banda e voltamos para nossas raízes, ouvimos a música dos anos 70, com novos ouvidos, conscientes do que nos influenciaram". O novo álbum é como uma viagem de volta em busca de inocência, e o ponto alto é o encontro com punk dos Ramones. "O punk rock foi o início algo completamente novo - diz The Edge sobre o tributo a Joey Ramone no primeiro single - de repente todo mundo pode experimentá-lo com a música".
Mas, o disco também fala de inocência perdida com os carros-bomba em Dublin, em 1974: "'Raised By Wolves' conta o legado de raiva que nos deixou esse evento - diz Bono. "Graças ao grupo e a música sempre fomos um pouco 'inocentes e ingênuos'", completa The Edge. E Bono repete: "a mim mesmo, nos anos 70, eu diria 'você tem mais razão do que você pensa', mas o que me assusta é o que me parece um jovem Bono".
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E se a distribuição gratuita via iTunes pode parecer menos inocente, Bono tem uma resposta às críticas recebidas para o acordo com a Apple, que trouxe 'Songs of Innocence' para meio bilhão de pessoas registrando 26 milhões de downloads, "o disco foi pago pela Apple como um presente a todos aqueles que, durante anos, pagam músicas no iTunes: nós sabemos como é difícil para um músico receber o pagamento, Cole Porter agora vende camisetas".
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Os dois membros do U2 tocaram duas músicas em um set acústico iniciando com "The Miracle (de Joey Ramone)", entre coros e palmas de uma plateia entusiasmada, e depois The Edge passou para piano em "Every Breaking Wave", em um arranjo que comoveu o público. E a promessa de voltar em breve com o resto da banda, possivelmente com a turnê que, embora ainda não anunciada devem começar no próximo ano.
Veja mais imagens da apresentação aqui.
Fonte: Ansa.it
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