A juventude é uma obsessão para o U2, banda irlandesa que começou sua caminhada rumo aos ouvidos e corações do planeta em 1980, com um disco (Boy) cuja capa era o retrato de um garotinho. Trinta e sete anos depois, estes senhores à beira do sessentismo lançam nesta sexta-feira, 1º de dezembro, Songs of experience, seu 14º álbum, no qual buscam, em seus próprios eus dos 20 e tantos anos, a vitalidade para fazer voar um punhado de canções reflexivas e poéticas (na capa deste, os adolescentes são o filho do cantor Bono e a filha do guitarrista Edge).
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A boa notícia é que esta coleção de 13 faixas, com discretas porém estelares participações especiais, é bem mais consistente que a do álbum anterior, o disco-irmão Songs of innocence, que eles deram de graça, via iTunes, em 2014, para quem queria e quem não queria.
O que a experiência parece ter ensinado aos integrantes do U2 é que, se eles perseguirem os grupos de sucesso do rock atual (que, em boa parte, os têm em seu DNA), vão acabar, mais dia menos dia, esbarrando em si mesmos, e no seu passado.
Songs of experience é, da abertura ao encerramento, o que se poderia chamar de um disco clássico do U2. Passagens atmosféricas, partes épicas, o rock comendo quando se precisa dele, Bono sem amarras e The Edge com suas abstrações sônicas que saem aparentemente sem que ele faça força. Tudo, com faixas que passam por cada uma das transformações que o grupo sofreu ao longo da carreira.
Mesmo livre da padronização de produção que pôs Songs of innocence a perder, o novo disco, verdade seja dita, demora um pouco a engrenar. Lights of home, que conta com participação vocal das irmãs do Haim, começa a animar, com sua pegada Black Keys e uma parte de tempero gospel. You’re the best thing about me mantém o clima rock em cima, avançando para Get out your own way, aquilo que alguém mais mal-humorado poderia chamar de hino motivacional, mas que no fim das contas bate nas caixas de som como aquela música que os Killers teriam vendido a alma para conseguir fazer. Versos de inspiração bíblica, do rapper Kendrick Lamar, atravessam o fim da faixa e entram pela seguinte, American soul, rock de verdade, juvenil, como o U2 não faz há um bom tempo.
Sensual, com Lady Gaga no apoio vocal, Summer of love fala da “costa oeste, não aquela que todos conhecem” (quer dizer, não a Califórnia, mas a costa oeste do Mar Mediterrâneo, com seus barcos de refugiados). A balançada Red flag day segue pelo tema do mar, mas como metáfora para os riscos que se deve correr na vida. E aí ela dá lugar para a primeira grande faixa do disco, The showman (little more better), em que o U2 se serve do rock dos anos 1950 para mostrar a excelência de sua composição e execução. Na sequência, The little things that gave you away (mais lenta, daquelas que o Coldplay invejará até o fim dos tempos) e a apaixonada Landlady são achados de letra e música, vitórias da simplicidade e da emoção.
Com um sinistro groove disco que a liga a sua própria Discotheque (e com mais de uma menção a Donald Trump), The blackout puxa o fôlego final de Songs of experience. Love is bigger than anything in its way surpreende com um dos mais potentes refrãos da história (aliado a uma demonstração de energia percussiva para humilhar qualquer Bastille) e 13 (there is a light) fecha o álbum em sua versão normal (a deluxe tem mais quatro faixas) com aquele chamado à luz, à transcendência, e os lapidares versos finais: “E essa é uma canção, uma canção para alguém, para alguém como eu”, que se ligam a Song for someone, do disco anterior. Mas pode esquecer o que eles fizeram em 2014: tudo indica que, enfim, a experiência deu ao U2 a receita do elixir da juventude.
Fonte: O Globo
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