Adam Clayton fala na TV sobre doação milionária do U2 para a Irlanda

Adam Clayton, baixista do U2, marcou presença virtualmente na noite desta sexta-feira, 8 de maio, no programa The Late Late Show do canal irlandês RTÉ. A recente doação de 10 milhões de euros do grupo aos serviços de linha de frente da Irlanda para EPIs (equipamentos de proteção individual) foi um dos temas abordados.
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Na entrevista para o apresentador Ryan Tubridy, Clayton declarou que o objetivo inicial da banda foi tentar dar cobertura aos profissionais da saúde. “Acho que havia muitas razões, mas naquela momento todo mundo estava tentando entender o que estava acontecendo, e havia uma enorme concorrência por EPIs”, comentou o músico.

Ele acrescentou: “Nós – em especial o Bono com seus contatos da Red e da ONE (organizações assistenciais( e seu círculo filantrópico – fomos capazes de nos colocar no topo da lista e garantir que tivéssemos acesso a EPIs de qualidade”, explicou.

Adam Clayton, que tem em seu histórico uma luta árdua contra o alcoolismo, também falou  sobre como o isolamento social causado pela pandemia de COVID-19 pode afetar aqueles que lutam para manter sua saúde mental. “É extremamente difícil de gerenciar isso em um estado isolado, quando você fica preso à sua própria cabeça e aos pensamentos que acontecem  lá dentro, isso é extremamente estressante”, disse ele.
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O baixista também explicou como lida com os próprios problemas: “Com honestidade. Enfrentando honestidade. Enfrentando que eu precisava fazer parte de uma comunidade. Precisava de algum tipo de comunhão, de relacionamento com outros seres humanos para falar sobre o que estava acontecendo comigo”.

Adam Clayton ainda falou sobre a dificuldade que tinha de enfrentar os problemas por ser considerado “alguém se saindo muito bem na carreira”. Ele disse: "Tudo ao meu redor estava me dizendo que eu deveria estar no topo do mundo, que isso foi a melhor coisa que poderia me acontecer, mas havia uma sensação de vazio, e é isso que o vício traz. Você começa a desejar se afastar dos sentimentos e ter um senso muito baixo de autoestima".

Em 2016, Clayton revelou que "confiava demais em álcool e outras coisas" para lidar com seus problemas. “Praticamente tive um momento eureka. Estava cansado do jeito que me sentia constantemente”.


Fonte: Rádio Rock

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