Em 7 de novembro de 1995, o
U2 lançava Passengers: Original
Soundtracks 1. O álbum é um projeto paralelo do U2 com o produtor Brian Eno.
Como ele é bem diferente e experimental, o U2 não queria que os fãs se
confundissem e pensassem que fosse um álbum da banda, por isso adotaram esse
pseudônimo. O disco é descrito como uma trilha sonora para filmes imaginários.
BONO: “Foi Brian quem surgiu com os nomes dos
filmes e com esboços de roteiros”.
ADAM: “A ideia era que fizéssemos um álbum que
definisse ele mesmo. Brian sempre sentiu que éramos bons de improviso e queria
trabalhar de um modo em que não houvesse pressão para construir músicas
adaptadas para o rádio. Nós escolhemos alguns filmes que gostávamos e tocamos
para eles por algumas semanas. Depois Brian selecionou o material que sofreu
alguns cortes e se tornou a base para as sessões do ano seguinte. Foi uma
gravação muito fácil”.
PAUL: “Houve
algumas discussões um tanto inflamadas no curso da preparação do álbum. Brian
tinha uma ideia um pouco diferente sobre o que estavam fazendo e achou
frustrante que a banda não levasse o projeto tão a sério como ele e que as
gravações fossem até tarde. O projeto devia ser divertido, relaxado, sem prazo
para terminar, mas no final isto provavelmente não funcionou do jeito que todo
mundo queria. Larry não é um grande fã do álbum, o que ele fez questão de
deixar bem claro”.
LARRY: “Ele era
um pouco autoindulgente. Achei que estávamos levando nosso público para muito
longe. Eu acho que há algumas ótimas canções e algumas ideias interessantes
naquele álbum, mas para mim, ele não vai a lugar algum”.
EDGE: “Eu o
amo, porque ele é tão diferente do nosso trabalho normal. Eu sempre tive um
interesse por músicas mais experimentais. Elas não se encaixam necessariamente
em um envelope convencional de composições. Eu acho que o temperamento das
canções é muito forte, os temas são efetivos. Vários cineastas e companhias de
dança fizeram uso das músicas. Elas servem para aplicações em que você não quer
o primeiro plano, você quer a música com certa transparência, onde ela
realmente funciona como uma criadora de temperamentos”.
BONO: “Existem
algumas belezas lá. Your Blue Room é
uma das minhas músicas favoritas, que, na verdade, foi usada em Beyond The
Clouds, um filme de Michelangelo Antonioni e Wim Wenders. A música é
baseada na ideia de que o sexo é uma faca de dois gumes. Em um nível ele é
puramente carnal, mas por outro lado é como uma oração. É incrível dizer para
seu amante ou para seu parceiro: ‘As instruções são suas, não importa a
direção’. Miss Sarajevo é uma outra
canção que tinha que estar lá. Foi uma viagem escrever um libreto para uma voz
como a de Pavarotti. Para entrar no estado de espírito ideal, eu incorporava
meu pai cantando no chuveiro incorporando Pavarotti”.
Citações retiradas do livro “U2 BY U2”
“É permitida a reprodução
total ou parcial deste texto desde que obrigatoriamente citada a fonte.”
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