Bono ficou entusiasmado com a indicação ao Oscar, mas a forte concorrência o fez alertar a banda para reduzir qualquer expectativa de ganhar. Mas "Eu adoraria se a canção tivesse uma vida fora do filme. Porque colocamos muito de nossas vidas na música e, espero, a sua vida dele, a vida de Mandela ".
O trabalho intensivo no 13º álbum de estúdio da banda, o primeiro desde No Line on the Horizon - de 2009, estava em andamento, com uma data de lançamento prevista pra dezembro de 2013, quando Harvey Weinstein, co-presidente da The Weinstein Co. e um amigo de longa data de Bono e da banda, ligou em nome de Anant Singh, produtor Sul Africano, e do diretor Justin Chadwick para solicitar uma canção para o filme quase concluído.
"Mas nós simplesmente tínhamos que fazê-lo, com a história que temos com o homem e a causa", disse The Edge.
"Foi difícil parar o que estávamos fazendo", diz o baterista Larry Mullen Jr, "E a decisão foi tomada: abandonar o navio, mais ou menos, para se concentrar neste".
"Este foi o projeto que você simplesmente não podia dizer não", diz Adam Clayton, baixista do U2. "Para a nossa geração, a África do Sul foi uma ilustração real de como a música pode afetar a mudança no mundo e era um rito de passagem em termos de nossa consciência política."
"A letra mudou de rumo para mim depois de ler suas cartas de amor de Mandela para Winnie. Talvez a razão pela qual eles nos pediram era fazer uma espécie de "Pride (In the Name of Love)", mas simplesmente não parece correto. O único lugar em sua vida, onde ele sentiu que era o perdedor do conflito, que seus inimigos haviam prevalecido, estava em seu casamento. Ele só não poderia fazer esse trabalho e a parte mais importante do que o filme é a história de amor", disse Bono sobre criar "Ordinary Love".
A questão de o quanto o desvio "Ordinary Love" retardou a sua dinâmica no próximo álbum, ainda sem nome e agora com longo atraso, não é fácil de responder
"Nós sempre precisamos de colaboradores para nos desafiar", diz Mullen. "Somos alunos lentos. Precisamos ser criativos, na vanguarda, desafiados, e isso é realmente difícil, é implacável, e nós somos implacáveis, e nós temos uma história de quebrar engenheiros, produtores".
Último grande momento do U2 girava em torno do lançamento de No Line on the Horizon em fevereiro de 2009, seguido pelos dois anos de turnê. No momento em que terminou, em julho de 2011, 7,1 milhões de ingressos haviam sido comprados no total de $ 737.000.000, fazendo da 360° Tour a turnê de maior bilheteria na história.
Foi um sucesso gigantesco, mas No Line on the Horizon vendeu 5 milhões de cópias - uma decepção só no contexto das grandes vendas do U2.
"Não quero nunca viver de herança", diz Edge. "Pode acontecer, mas vamos chutando e gritando para evitar isso".
"Guy Oseary (que substituiu Paul McGuinness com empresário da banda) é muito imerso em tecnologia. Estamos bem posicionados para começar a integração de novas oportunidades de conhecer os nossos fãs e para fazer coisas legais", concluiu o guitarrista.
Bono também ficou meditando durante vários anos o desafio de rejuvenescer a sua forma de arte escolhida, o álbum, e localiza grande parte do problema na perda do casamento de "ouvir e olhar" que o LP de vinil fornecia. Ele conversou com empresas de tecnologia, incluindo BlackBerry, e trabalhou com o fotógrafo Anton Corbijn para produzir Linear, um road movie em preto-e-branco sem diálogo cuja trilha sonora era uma versão alternativa de No Line on the Horizon.
O segredo, ele acredita, é colocar tecnologia de exibição ao serviço da experiência musical.
Fonte: The Hollywood Reporter
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