Jon Pareles, o veterano crítico musical do The New York Times, entrevistou o U2 durante os ensaios da "Innocence and Experience Tour", que começará em 14 de maio em Vancouver no Canadá. Além de ter falado com a banda ele adiantou um pouco sobre o que os fãs podem esperar dos shows.
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Até executar suas canções ao vivo o U2 não vai saber com certeza se alguém deu especial atenção ao seu novo trabalho - "Songs of Innocence", que foi distribuído gratuitamente numa parceria com a Apple. "A ideia de que pode haver toda uma faixa de público lá fora que ainda não sabemos se eles gostam a banda", disse Bono. "Isso nos faz querer sair e encontrá-los". Ele fez uma pausa. "Eles podem não estar lá".
A maior novidade da turnê que acontece em arenas e não em estádios, estará na forma como a música chegará aos ouvidos do público. As caixas estão sendo colocadas no teto dos locais, uma matriz oval de 12 alto-falantes que emitem a música para baixo uniformemente. Isso fará com que todos os presentes ouçam o som com a mesma clareza e a banda não irá precisar carregar no volume para se fazer ouvida.
A a iNNOCENCE + eXPERIENCE Tour usará vídeos de alta resolução e tem uma abordagem radicalmente nova de som; é tecnologicamente mais experiente e determinada a ser íntima. A turnê já vendeu 98% dos 1,2 milhões de bilhetes disponíveis para seus 68 concertos, esgotando os ingressos para toda sua parte europeia e, em Nova York, durante os primeiros seis das oito shows no Madison Square Garden.
A a iNNOCENCE + eXPERIENCE Tour usará vídeos de alta resolução e tem uma abordagem radicalmente nova de som; é tecnologicamente mais experiente e determinada a ser íntima. A turnê já vendeu 98% dos 1,2 milhões de bilhetes disponíveis para seus 68 concertos, esgotando os ingressos para toda sua parte europeia e, em Nova York, durante os primeiros seis das oito shows no Madison Square Garden.
Kevin Weatherly, vice-presidente sênior de programação da Radio CBS e diretor do programa da KROQ, em Los Angeles, prevê: "A turnê irá despertar muito interesse. Quando tudo estiver dito e feito, as pessoas irão revisitar o álbum. A qualidade vence".
O maior problema a ser enfrentado pela banda está mesmo em Bono que ainda se recuperou do grave acidente de bicicleta que sofreu no início do ano. O cantor ainda não recuperou todos os movimentos de seus dedos, o que o impede de tocar violão ou guitarra.
"Parece que eu tenho a mão de outra pessoa. Eu não consigo dobrar esse, ou esse", disse, apontando para os dedos. "É como o rigor mortis. Mas eles (os médicos) dizem que os nervos se recuperam um milímetro por semana, então em cerca de 13 meses eu vou saber se vou voltar ao normal", completou.
O cantor disse ainda que sente dormência no antebraço e no cotovelo. "Está tudo dormente aqui, e isso é de titânio". "Eu não caí de uma Harley-Davidson. Eu caí de uma bicicleta e me quebrei em pedaços. Não há nenhuma glória nisso", reclamou.
"Parece que eu tenho a mão de outra pessoa. Eu não consigo dobrar esse, ou esse", disse, apontando para os dedos. "É como o rigor mortis. Mas eles (os médicos) dizem que os nervos se recuperam um milímetro por semana, então em cerca de 13 meses eu vou saber se vou voltar ao normal", completou.
O cantor disse ainda que sente dormência no antebraço e no cotovelo. "Está tudo dormente aqui, e isso é de titânio". "Eu não caí de uma Harley-Davidson. Eu caí de uma bicicleta e me quebrei em pedaços. Não há nenhuma glória nisso", reclamou.
Ele levantou a mão novamente. "Mas isto é um pouco difícil porque eu não posso tocar guitarra", em seguida, olhou para os outros membros da banda: "Eles não parecem se importar", disse com um meio sorriso.
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Na semana passada, o U2 explorou sua nova configuração na arena e sua equipe de produção experimentou efeitos visuais e, seguido por reuniões que contemplaram todas as possibilidades: A seção de cordas para as baladas? As imagens de vídeo ou campos de cor? Como aparar um setlist maior? Bono fez mais do que falar, mas era óbvio que o U2 estava determinado a trabalhar por consenso, pesando cada ideia respeitosamente. "As canções são o chefe. Elas nos dizem o que fazer e dizer a todos neste edifício o que fazer", disse o Edge durante uma reunião jantar. "Temos apenas que desbloquear o que as músicas estão pedindo e nos dizendo a fazer".
Sobre os shows, a banda abandonou a ideia de fazer duas apresentações distintas por cidade como eles chegaram a considerar. Segundo o vocalista Bono, essa decisão foi tomada para que os fãs não ficassem com a impressão de que perderam o melhor show da temporada, já que isso acarretaria em alguns clássicos "obrigatórios" não sendo tocados todas as noites.
Foi decidido então que as apresentações serão divididas em duas partes. A primeira será mais fixa e na segunda, depois de um intervalo, o repertório poderá variar mais, abrindo espaço para raridades de seus 35 anos de carreira discográfica.
O palco será composto de três partes: uma grande e retangular (algo que parecido com o "I" de Inocência), um palco menor arredondado ("e" de experiência) e, entre eles, uma passarela que é grande o suficiente para se tornar uma terceira parte, às vezes imprensada entre telas de LED. "Aqui eles estão em uma arena, e queremos colocá-las no colo do público", disse Es Devlin , o desenhista de produção.
Foi decidido então que as apresentações serão divididas em duas partes. A primeira será mais fixa e na segunda, depois de um intervalo, o repertório poderá variar mais, abrindo espaço para raridades de seus 35 anos de carreira discográfica.
O palco será composto de três partes: uma grande e retangular (algo que parecido com o "I" de Inocência), um palco menor arredondado ("e" de experiência) e, entre eles, uma passarela que é grande o suficiente para se tornar uma terceira parte, às vezes imprensada entre telas de LED. "Aqui eles estão em uma arena, e queremos colocá-las no colo do público", disse Es Devlin , o desenhista de produção.
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A banda chama a passarela do palco divisor porque é isso que ele faz a meio do concerto - transformando-se em uma barreira que separa o público completamente. A divisão é parte da narrativa subjacente do concerto, uma passagem da inocência à experiência flexionado por lembranças dos irlandeses.
Voltando aos shows, a primeira parte deles deverão ser mais sérias, com a banda se distanciando do público propositadamente. O ápice dessa parte será a nova "Raised By Wolves" - "o fim da inocência", como Bono chama.
A canção lembra um ataque terrorista em Dublin que matou dezenas de pessoas e foi presenciado por um jovem Bono em 1974. O vocalista acredita que ao final da metade do concerto, o público ficará desnorteado, como que se perguntando para onde foi toda a diversão.
Isso tudo mudará na segunda etapa do concerto, quando as barreiras se quebrarão e o grupo, enfim, irá se conectar com sua audiência, aproximando-se e interagindo com ela.
A canção lembra um ataque terrorista em Dublin que matou dezenas de pessoas e foi presenciado por um jovem Bono em 1974. O vocalista acredita que ao final da metade do concerto, o público ficará desnorteado, como que se perguntando para onde foi toda a diversão.
Isso tudo mudará na segunda etapa do concerto, quando as barreiras se quebrarão e o grupo, enfim, irá se conectar com sua audiência, aproximando-se e interagindo com ela.
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Backstage no coliseu era um emaranhado de atividades: construção, programação de vídeo, edição de som, uma sala de ensaio com outro conjunto de instrumentos. Uma equipe HBO estava filmando um documentário da turnê. E havia mais um local: a gravação, com um estúdio móvel. O próximo álbum do U2, "Songs of Experience" está tomando forma.
"No final de um álbum que você está no auge de seus poderes em termos de composição, arranjo e realização", disse The Edge. "É uma pena que você tem que parar e começar então a outra fase do que fazemos, que é tocar ao vivo. Desta vez, nós realmente não paramos. Bono está tentando capitalizar esse ímpeto". Os novos produtores foram juntar-se à banda em Vancouver, incluindo Andy Barlow do grupo eletrônico Lamb, que cuida de algumas das faixas do U2 em andamento como "Red Flag Day", "Civilization" e "Instrument Flying" como Bono cantou com entusiasmo junto com ele. "Estamos mantendo a disciplina nas canções e empurrando para fora dos parâmetros do som", disse Bono. "São coisas da terra muito básicas, irreverente. Eles não são temas grandiosos. Uma das coisas que a experiência nos ensinou é estar totalmente no momento. Qual é o momento? Música pop".
Mas, enquanto isso, a banda tem uma turnê para iniciar. "Em 14 de maio vamos descobrir se o álbum e o experimento funcionaram", disse Bono. "Se as pessoas sabem as palavras e sentem as músicas, então o experimento estava certo".
Fonte: New York Times e Vagalume
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