Larry Mullen contribui para livro do DJ Dan Hegarty

O DJ da rádio RTE 2fm, Dan Hegarty, lançou um livro na semana passada em Dublin. Entitulado Buried Treasure, é uma série de álbuns que que Hegarty considera que merecem ser descobertos (ou re-descobertos, em alguns casos) e as recomendações de uma série de colaboradores,entre eles Dave Fanning, Imelda May, Glen Hansard e Larry Mullen Jr.
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O autor apresenta uma desenvoltura considerável - mesmo quando está falando citando o álbum mais fraco do U2, October: "Há uma abundância de melhores momentos da banda capturados ao longo dos 11 faixas", argumenta bravamente.

O baterista da banda irlandesa escreveu o prefácio para o livro e menciona o álbum de Richard Ashcroft, "Alone With Everybody", o primeiro trabalho solo do vocalista do The Verve. Mullen revela que, no momento de seu lançamento, o álbum era apenas um dos dois que ele possuía em seu apartamento em Nova York. O outro era Moondance de Van Morrison. 



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Tradução do livro “U2 Show” – Parte 15

CHERYL ENGEL é a responsável pelo controle de qualidade de gravação e de produção dos discos do U2 desde o Rattle & Hum. Ela era diretora de controle de qualidade da A&M Records quando conheceu a banda.
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"Alguns dos membros do U2 e do staff que os empresaria são muito técnicos e apreciam aprender e ouvir sobre esse lado da produção dos discos. Alguns estão mais interessados no lado artístico, no lado criativo das coisas. Eu trabalho mais com o Edge. Ele é o ser humano mais brilhante, na minha opinião. Ele com certeza tem os melhores ouvidos para ouvir detalhes. Fico impressionada com o que ele consegue ouvir, e ele está sempre certo. Nunca o vi fazer uma escolha errada a respeito de qualquer coisa relativa à engenharia de som. E ao mesmo tempo, ele é imensamente criativo. Com ele, o cérebro, o coração e os ouvidos estão envolvidos e ligados e eu acho que é isso que o faz tão único."
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"Uma das coisas mais fabulosas em trabalhar com o U2 é que eles te permitem fazer parte do processo criativo. Depois de trabalhar por tantos anos com o Edge, nós desenvolvemos uma espécie de atalho na forma como nos comunicamos. Parece que eu e o Arnie entendemos o que ele espera da masterização, e normalmente conseguimos produzir algo que a banda inteira gosta e aprova. Com apenas algumas breves linhas-mestras, eles nos permitem viajar e criar algo que acaba sendo parte do depoimento artístico deles. Por exemplo, o Edge me telefona e fala "Vou te mandar um mix de uma canção do álbum pra ser editado e masterizado". Daí eu pergunto "Bem, e qual é a sua idéia? Qual a sua visão?" Frequentemente existem detalhes que você não consegue afinar no console de mixagem. Se você é um engenheiro de som muito bom, você sabe o que pode ser melhorado durante a masterização, e outras coisas que precisam ficar do jeito certo durante a mixagem. Então o que eu pergunto pro Edge é "Existem coisas que você quer ressaltar?" Ele vai me dizer algo como " Um instrumento em particular nesse mix soa como se quem o toca tivesse um sorriso enorme no rosto, então cuide disso na masterização." Eu imagino o que ele pode estar querendo dizer, mas quando eu e o Arnie ouvimos o mix nós conseguimos ver aquele integrante da banda com um sorriso gigante de orelha a orelha, e o Edge está certo, há muita energia naquele instrumento que precisa ser balanceada no mixing. 
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"Houve uma ocasião sobre um edit que ambos, Bono e Edge, precisavam ouvir. Eles estavam fazendo um show, e assim que acabou Bono ia embarcar num avião e o Edge estava saindo para encontrar a imprensa. Entregaram um telefone ao Bono enquanto ele deixava o palco, e eu toquei pra ele o edit, então telefonei para o Edge no camarim, e como eles não iam mais se ver naquela noite, falei pra ele o que o Bono comentou, então anotei os pensamentos do Edge, e assim terminamos a música. As pessoas pensam que a vida de um rockstar é só glamour e festas. Não com essa banda. Eles trabalham! Eu acho que eles vão a uma festa ou duas, mas só depois que o trabalho está concluído."
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"No que se refere a masterização, o U2 entende que Arnie sabe como eles ouvem. Existem formas diferentes de abordar o som. Você pode ter uma abordagem sonicamente perfeita, tão alta fidelidade quanto possível, por falta de uma descrição melhor. Bem, essa banda não se interessa por isso totalmente. Eles se interessam em qualquer coisa que seja certa para o clima da música. Durante a masterização do Achtung Baby, nós estávamos no estúdio com uma gravação, e fizemos a música soar aberta, brilhante e luminosa, sonicamente perfeita. Bono entrou na sala e disse "O que vocês fizeram com a minha música? Ela deveria soar como se você estivesse num porão por três dias, e você começa a subir os degraus, saindo de lá para a luz do dia, e como a sua cabeça se sente naquele momento." Você não pode entregar a música deles para um engenheiro que vai fazê-la soar perfeita. Você tem que entregá-la a alguém que entende que emoção a banda está tentando passar, e o Arnie desenvolveu esse nível de compreensão com a música deles.



Tradução: Maria Teresa

Leia a Parte 14.

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Tradução do livro “U2 Show” – Parte 14

JIMMY LOVINE produziu os dois álbuns ao vivo do U2 (Under a Blood Red Sky e Rattle & Hum) e está à frente da Interscope Records, o selo do U2 nos Estados Unidos.
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"Tenho muito orgulho dos dois álbuns ao vivo que produzi para o U2. São obras poderosas. Eu não estive no show de Red Rocks. Eu fui para a Irlanda, e trabalhamos nas fitas gravadas do show, que resultaram no álbum Under a Blood Red Sky (nota: na verdade, só Gloria e Party Girl no disco são mesmo do show de Red Rocks). O disco foi lançado alguns meses depois do filme do show em Red Rocks. Com o Rattle & Hum nós gravamos alguns shows. Eu ía ao show e ficava no meio do público pra sentir o poder de tudo aquilo - pra então fazer o possível em termos de gravação e mixagem que pudesse reproduzir essa sensação: captar a essência do que eles estavam fazendo. Acho que conseguimos isso nos dois álbuns. Tivemos mais controle sobre o Rattle & Hum porque tivemos mais tempo, e porque fomos nós mesmos que gravamos. Nós combinamos partes ao vivo com partes de estúdio, então foi ao mesmo tempo um álbum ao vivo e um álbum de estúdio, o que me deixou muito interessado porque nunca havia sido produzido um álbum dessa forma. Tivemos que fazer as partes ao vivo fazerem sentido com as partes gravadas em estúdio, então usamos muitas das técnicas de gravar ao vivo no estúdio. Nós tínhamos monitores, por exemplo, em vez de headphones. E nós construimos uma atmosfera de show ao vivo na maioria dos estúdios onde trabalhamos. Nós viajamos muito. Fizemos alguns overdubs e tal, mas procuramos fazer parecer que eles tinham saído do palco e ido direto pro estúdio. Acho que uma das melhores gravações ao vivo daquele disco é Pride. Essa e Helter Skelter. Acho que são duas fabulosas gravações ao vivo."
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"Eu comecei a Interscope depois disso. Foi assim. E eles estão na Interscope até hoje, e eu tenho muito orgullho de tê-los. Eu amo aqueles caras. Eles são mais durões do que eu, e mais fortes também. Eles são uma força que não pode ser detida, todos os quatro. É incrível. Pra qualquer banda que comece agora, o U2 é a referência. É assim. Ponto final. Tudo o você pensava enquanto crescia que o rock´n´roll deveria ser ou podia ser, é exatamente o que esses caras fizeram. Eles escreveram suas próprias regras. Determinação, dedicação e consistência. E mesmo assim, Bono vive a face do perigo o tempo todo. Ele é um ser humano superior. Você tem que entender isso. Não há ninguém que eu tenha conhecido que seja como ele. Ninguém. E ele automaticamente te carrega. E ele te faz mudar. Depois de experimentá-lo, se você não mudar, você é um zumbi."


FLOOD foi engenheiro de estúdio no Joshua Tree e Achtung Baby, e produtor no Zooropa e Pop. Ele fala sobre sobre seu papel nas gravações do Pop, comenta sobre o trabalho do Adam, e fala ainda sobre o show de Sarajevo pela Popmart Tour.
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"Eu vejo meu papel junto ao U2 como algo estranho, porque de certa forma eu tenho subido os degraus da organização, e com o Pop eu fui movido para o topo, mas como eu comecei como membro júnior existe uma hierarquia. Tem o Brian, depois o Danny, e então eu. Ninguém fala sobre isso, mas é da natureza humana. Então houve um período onde eu acho que ninguém tinha certeza sobre o que aconteceria com o Pop, se ele era pra ser uma nova direção ou se era pra ser uma extensão do que tinha acontecido antes da ZOO TV. E isso é que era estranho: parecia haver muito intelectualismo, mas o espírito não estava 100% lá. Era como se todo mundo estivesse em um período de mudança e reflexão ao mesmo tempo. Então havia um pouco de "Bem, porque estamos aqui? A gente não pode dar um tempo? Nós temos excursionado demais." Eu me lembro de junho de 1996, sentado ao lado do Bono dizendo "Olha, não se deixe levar pelo fato de que vocês têm uma turnê marcada". Foi muito difícil. Ninguém chegou a perder a cabeça, ninguém caiu fora, havia dias bons e maus no estúdio, mas tudo isso num ar de democracia quando, na verdade, um pouco de "fascismo mimoso" era necessário. Não foi como em Achtung Baby, quando eles quase se separaram com toda aquela tensão em Berlim. Aquela tensão era saudável. Era criativa. E eu acho que esse foi o problema com o Pop. E a ditadora suprema foi a turnê. Eu me lembro de uma reunião com a gravadora, o empresário e a banda, onde eu argumentei que precisávamos de mais prazo. E todo mundo disse "Bem podemos ir até aqui, mas não podemos ir adiante disso". E eu só disse "Eu não acho que vai ficar pronto a tempo". Foi uma experiência muito, mas muito estranha, porque todos sabiam que o disco não estava pronto. O processo criativo é como um jogo de apostas, e você espera que a química esteja lá. Havia frustração, havia decepção com o processo, uma sensação de fracasso dentro de mim, porque eu não havia conseguido entregar o que poderia. E então você passa por períodos de ressentimento, raiva, depressão, e começa a culpar todo mundo. Pra mim levou um ano, talvez um ano e meio, pra que eu pudesse finalmente ver a minha responsabilidade nisso, e me dar conta de que foi um processo coletivo. Foi uma certa época no tempo, e aconteceu. E se não tivesse acontecido, eles não teriam feito o próximo álbum. Você não consegue ser criativo e ficar no topo do sucesso o tempo todo. Tem que haver altos e baixos, e um depende do outro. Quero dizer, as pessoas esquecem que o Rattle & Hum foi criticamente um declive. Isso fez com que Achtung Baby chegasse onde chegou. Totalmente. The Unforgettable Fire, eu acho que foi um certo declive se comparado com o que eles haviam feito antes, e então veio o Joshua Tree. Existe um padrão. Eu acho que é criatividade e vida." 
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 "Adam é o elemento aleatório na banda, no que tange à música. Algumas das coisas que ele cria - todo mundo na sala olha pra ele e imagina "de onde você tirou isso, Adam?". Uma vez após a outra. E mesmo assim, ele é o mais feliz por, às vezes, ficar à sombra dos outros musicalmente. Muitas pessoas o criticam por tocar partes de baixo bastante simples, mas se o Adam não estivesse lá você teria outros três músicos incríveis individualmente, mas perdidos completamente. Você tem que ter alguém que mantenha as raízes no chão. Normalmente que faz isso é o Larry, mas muitas vezes é o Adam. Ele é aquele que está lá com os pés no chão, mas ele também faz dessas coisas e você pensa "de onde veio isso?".
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"Uma das lembranças mais duradouras que tenho deles aconteceu durante a turnê PopMart. Nós estávamos em Sarajevo. Bono estava sob tanta pressão porque esse show significava muito pra ele, trazer algum conforto para as pessoas da Bósnia e Sarajevo. Era algo muito pessoal. Então a maior turnê de rock do mundo chega a Sarajevo. Eu estava no caminhão que iria transmitir o show, e havia guardas armados e soldados das Nações Unidas. Bono vai para o palco e eles começam o show. No meio da segunda música, eu acho, eu pude ouvir a voz dele indo embora. Como eu conheço a voz dele muito bem, eu pude antecipar o problema cinco músicas antes que ficasse óbvio para as outras pessoas. Eu pude disfarçar na transmissão, até onde era possível. Se eu tinha uma crítica sobre a PopMart em geral, era que a banda tinha ficado impessoal. Todas aquelas luzes, tudo o mais, era maior do que banda. Mas o que aconteceu em Sarajevo foi memorável. Bono perdeu a voz e subitamente você tinha 50.000 pessoas, todas com uma enorme expectativa, vendo esse cara passar por um inferno pessoal por causa do stress, da pressão. Ele perdeu a voz! Você vê essa coisa grande, enorme, desaparecer de uma hora pra outra, mas havia uma conexão total entre o Bono e o público que podia sentir o que ele sentia, seu stress. Foi algo muito emocional. Me pareceu como a primeira vez que eu os vi tocando em um clube pequeno. Bono cantou tão brandamente, e o público estava com ele. Ele cantava, ele grunhia, Edge cantava junto e o público estava totalmente com ele. Isso mostra o real espírito e integridade da banda e a forma como eles se conectam com o público."



Tradução: Maria Teresa

Leia a Parte 13.


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Gene Simmons, do Kiss, insinua que Rolling Stones e U2 fingem que tocam em shows

O polêmico vocalista e baixista do Kiss, Gene Simmons, acusou em entrevista ao site australiano News dois gigantes do rock and roll, U2 e Rolling Stones, de fingirem tocarem instrumentos durante as apresentações ao vivo.
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"Incomoda quando se cobra US$ 100 para ver um show ao vivo e o artista usa backing track. É como o ingrediente na comida, se o primeiro ingrediente no rótulo é açúcar, isso é pelo menos honesto", disse.


"Deveria estar em todo ingresso, se você está pagando US$100, de 30 a 50% do show é backing track e eles vão cantar em algumas vezes e vão mexer a boca em outras. Pelo menos seja honesto. O problema é a desonestidade".

Em seguida, Simmons "deu nome aos bois": "Não tem ninguém com um sintetizador no nosso palco, não tem samples na bateria, não tem nada. Há poucas bandas que fazem isso hoje em dia. Elas são o AC/DC, o Metallica e nós. Não posso dizer o mesmo sobre U2 ou Stones". 

O integrante do Kiss, que anteriormente já havia declarado que o rock and roll está morto, ainda mirou a "metralhadora de palavras" na cantora pop Rihanna ao mesmo tempo em que elogiou a nova música dela com Kanye West e Paul McCartney, "FourFiveSeconds".

"Eu gostei da canção nova que ela gravou com Kanye West e Paul McCartney, ela soou melhor cantando uma música de verdade. 'Umbrella-ella-ella'? Não entendi aquilo", falou ele sobre o hit "Umbrella".


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Eve Hewson revela que forçou Bono a vê-la em série de TV

A filha de Bono e Ali Hewson, protagoniza a série The Knick, ao lado da estrela de Hollywood, Clive Owen.
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"Quando eu conheci o diretor Steven Soderbergh e Greg, que é um dos produtores, eles disseram: 'Só para você saber, ela vai descer no buraco do coelho e seus pais não vão querer ver isso'".

"E liguei para os meus pais e disse: 'consegui o papel, mas você não vai ser capaz de vê-lo.' Eles ficaram muito animados".

"Eu os fiz ver, obrigou-os a assistir. Embora eu não estivesse no quarto.", explicou ela.

"Eles assistiram cada episódio - eles realmente me apoiaram e minha mãe só dizia para minha irmã: 'Ela é tão boa'".

"Eu acho que meu pai teve alguns momentos em que ele foi 'Argh' [e teve que cobrir o rosto], mas eles adoraram o show e o trabalho de Steven", disse Eve ao LA Times.

"Meu pai era como, 'Eu não tinha ideia que ia ser tanto sobre medicina e seria tão interessante, é como Shakespeare'".

Eve está em Nova York filmando a segunda temporada da série e admitiu que a nova temporada será ainda mais difícil de assistir.

"Não é um programa que você deve prestar atenção enquanto você está comendo o seu jantar", disse.

Eve será vista "Bridge of Spies" - o novo filme estrelado por Tom Hanks.


Fonte: Goss

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Tradução do livro “U2 Show” – Parte 13

DALLAS SCHOO assumiu como guitar tech do Edge desde 1987 e nunca mais saiu. Figura conhecida entre os fãs do U2 pela simpatia com o público, ele mostra sua enorme admiração pelo "boss" em seu artigo no livro.
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"Edge espera que eu cuide de suas guitarras com tanta responsabilidade como se ele mesmo estivesse encarregado disso. Nem mais, nem menos. Edge quer coerência, mas ele também quer que você saiba o catálogo de músicas do U2 bem o suficiente para, se eles decidirem tocar uma música que não estava no setlist daquela noite, você seja capaz de saber qual guitarra em qual afinação, e que efeito de guitarra será necessário para a música. É confiança e entendimento, e é algo que tem sido desenvolvido ao longo de muitos anos em que temos trabalhado juntos. É claro que eu aprendi, depois de tantos shows, quando ele precisa de ajuda no palco, quer seja algo com a guitarra ou com seu monitor. Às vezes eu erro, mas não mais com tanta frequência."
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"Ele nunca vai dizer que tudo está certo, tudo está bom. Quero dizer, se está bom você nunca vai ouvir isso dele. Se não está bom, aí ele vai pedir por ajuda. Edge usa tantos efeitos de guitarra e tanta coisa, o que é fantástico, e o som dele é fantástico, mas isso tudo tem um preço. O potencial para falhas eletrônicas ou mesmo um colapso é inacreditável, e é inacreditável também que não tenhamos muitos problemas. Meu trabalho é muito intenso, porque o U2 pode ser muito intenso." "Ele é o Edge, e ele tem o jeito dele, e eu tenho o meu. Sabe, eu sou um atleta e eu gasto os meus dias nadando em piscinas por esse mundo afora tentando permanecer em forma e combater essa tardia jornada de trabalho no rock´n´roll. Isso é o que faço. Já o Edge, bem, ele vai falar com você quando estiver pronto. Sem papo furado e conversa fiada. O que eu acho é o seguinte: o homem gasta 2 1/2 horas por noite tocando em shows, e mais 2 horas com passagem de som, ensaios, e fazendo o reconhecimento sonoro do estádio ou arena onde vão tocar. Ele é o guitarrista principal; pra mim, ele é o diretor musical dessa banda. Ele não tem tempo pra "tudo está indo muito bem" ou talvez "meu chapéu não tá legal pro show dessa noite.". Mas Edge é meu amigo e meu chefe."


CHRIS BLACKWELL, fundador da Island Records, é pessoa chave na história do U2. Alguém a cuja visão de futuro e paciência o Bono agradece muito em seu discurso no Rock´n´Roll Hall of Fame em 2005.
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"A primeira vez que vi o U2 se apresentar, havia umas dez pessoas na audiência - e eu acho que a maioria delas trabalhava pra eles ou pra Island. Mas eles tocaram como se fosse noite de casa cheia. Embora a música deles não tenha me tocado de imediato, eles me tocaram como pessoas, pela paixão, crença e comprometimento com o que estavam fazendo. Eu simplesmente acreditei neles. É uma daquelas coisas, quando você sente, bem, 'Eu acredito nesses caras. Eu acredito que eles são muito espertos, eu acredito que eles são basicamente boa gente e estão genuinamente comprometidos com o que fazem. E se isso é o que eles querem fazer, tenho certeza que vão ser bem sucedidos. Posso não ouvi-los agora, mas tenho certeza que vai ser um sucesso.' Eles tinham também um empresário muito bom, que era um fator chave. Paul McGuinness era muito bom. Contratar um artista é mais ou menos como um capitalista investir em um negócio. Você quer saber quem é o gerente, qual é o produto, esse tipo de coisa. Então eu instrui a companhia a basicamente seguir a direção deles porque eu realmente acreditava neles. E isso na verdade resume como nos sempre trabalhamos com o U2. Não não fizemos muito por eles, exceto dar apoio e a liberdade que eles precisavam pra perseguir sua visão."
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"Sempre que você inicia com uma banda, você sente que algo pode ser grande, mas você nunca sabe que impacto global uma banda pode ter. É impossível enxergar tão longe. Existem inúmeros obstáculos, muita coisa pode acontecer. Bandas podem terminar, as coisas podem não funcionar como planejado. Você nunca sabe onde vai dar. O U2 criou seu próprio caminho. Eles são diferentes de todos os outros que conheço. Eu os vi pela primeira vez em 1980. Cá estamos, 23 anos mais tarde, e qualquer um que trabalhe com eles vai te dizer que eles são as pessoas mais honradas e extraordinárias. Todos eles. Normalmente, quanto mais você se aproxima de uma banda, mais podre é o núcleo em muitos casos. A mulher de um cara da banda odeia o outro cara da banda, e também a mulher do outro, e assim por diante. O U2 é sólido. Bono é o que tem mais visibilidade, mas todos eles são incríveis. O menos visível de todos, como vocês provavelmente sabem, é o líder da banda, Larry. Eles nunca perderam a cabeça no meio de tudo isso. Sempre mantiveram os pés no chão. Nunca perderam suas raízes. São pessoas simples. Acredite, isso é mais do que incomum. O U2 é definitivamente a única banda a durar tanto tempo com a mesma formação original."
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"Pessoalmente, eu acho que a chave é fazer discos que te fazem querer ver a banda ao vivo. Muitos discos são brilhantes, mas muitas vezes você sabe que o disco é muito melhor do que a banda ao vivo. Você quer ficar com a impressão de que você tem que ver essa banda, porque eles vão ser fantásticos ao vivo. Eu acho que isso tem acontecido com o U2 em praticamente todos os seus discos. Eles conseguiram fazer algo que é muito difícil: manter os primeiros fãs, que estão agora na faixa dos 40 anos, e também conquistar os filhos desses mesmos fãs. Normalmente isso é muito difícil, porque a essência do rock´n´roll é a de que é uma música que os teus pais odeiam!"



Tradução: Maria Teresa

Leia a Parte 12.


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Tradução do livro “U2 Show” – Parte 12

STEPHEN RAINFORD trabalhou como técnico de guitarras para o U2 e o Edge em particular, de 1983 a 1986. Ele havia trabalhado antes para o roqueiro irlandês Rory Gallagher, junto com Joe O´Herlihy. Quando soube, na época da War Tour, que o U2 precisava de um guitar tech ele se ofereceu pra trabalhar com eles.
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"Um dos meus shows preferidos foi em Red Rocks, no Colorado. Nós tínhamos desafios diferentes: só pra carregar o equipamento já foi difícil, porque tínhamos que subir uma colina por uma estrada com muito vento; eles tinham alguns pequenos caminhões-prancha pra levar as coisas da área de estacionamento para cima. Mas assim que chegamos lá nos pareceu um lugar muito bonito, e nós estávamos apreciando estar lá. Então as condições do tempo mudaram e as nuvens se derramaram. Não estava quente e úmido, estava frio e com neblina. Durante o show, tínhamos helicópteros voando baixo com câmeras e luzes de spot neles - você sabe, era como "O quão perigoso você quer que isso seja? Você gostaria de acender uma fogueira no alto da colina? Okay!" Havia muita tensão. Aquele era um grupo muito pequeno - talvez oito ou dez de nós na equipe. Não era exatamente seguro: com tudo tão molhado, a rede elétrica do palco estava, literalmente, eletricamente viva naquela noite. Aquela foi uma noite mágica. Todos sabíamos que havia muita coisa em jogo, e nos dedicamos pra conseguir. Naqueles dias eu ficava com eles no palco. Bem lá."


The Joshua Tree
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"Eu trabalhei em todas as gravações demo para o álbum The Joshua Tree, até que eles foram para Windmill Lane. Eu trabalhava 24 horas por dia, às vezes. Bono podia ficar por lá até à 1:30 h da madrugada, improvisando em algo, e então ele aparecia de novo às 8:30 h da manhã e queria tocar blues por algumas horas, antes que os demais aparecessem. Bono me deixava pirado algumas vezes, ao aparecer tão cedo. Ele não fazia isso todo dia, mas alguns dias por semana ele vinha bem cedo e eu procurava facilitar as coisas pra ele. Um dia ele chegou e começou a tocar música clássica no piano. Eu disse "Meus Deus - de onde você tirou isso?" Ele disse que alguém havia mostrado algumas coisas pra ele, e ele estava literalmente inventando, mas ele estava compondo em um gênero que alguém tinha apenas lhe mostrado, lhe dado uma ideia a respeito. Ele fazia o mesmo com o blues naquela época. Eu acho que todo o relacionamento com o B.B.King nasceu da perspectiva dele sobre o blues e a cultura norte-americana."
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"O que o Edge tem de diferente como guitarrista? Bem, ele nunca tentou imitar o som de outros guitarristas. Eu acho que tem a ver com o seu senso de ritmo, ele é ótimo nesse aspecto, com certeza. Ele abraça toda e qualquer inovação e isso o faz completamente único como guitarrista. E ele canta muito bem também." 




Tradução: Maria Teresa

Leia a Parte 11.



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Tradução do livro “U2 Show” – Parte 11

Na sequência, Fintan Fitzgerald e Sharon Blankson, falam sobre o figurino da banda. Ambos atuam ou atuaram como head of wardrobe (algo como chefe de guarda-roupa) e algumas vezes como estilistas, eles são encarregados da imagem do U2, do que eles vestem nos shows e em outras aparições públicas.


Fintan Fitzgerald conta como nasceu o personagem The Fly, visualmente falando:

"Eu saí a campo e comecei a pesquisar e selecionar quem seria o melhor designer para esse trabalho. Tinha que ser urbano, moderno, europeu, totalmente diferente do que já havia sido feito antes. Havia essa sensação de uma investida violenta da mídia e da publicidade, era muito visual na vida das pessoas. Como iríamos retratar isso, qual o visual da banda nesse contexto, como iríamos mesclar tudo visualmente? Encontrar uma ou duas peças chave é sempre a grande pedida. Assim tudo o mais se constrói a partir daí. Eu havia encontrado esses enormes óculos de inseto do início da década de 70 em um velho brechó no Soho. Eu os trouxe para o Bono e ele começou a usá-los o tempo todo, mesmo no estúdio, e ele começou a desenvolver esse personagem, com os óculos. Foi assim que nasceu o personagem The Fly. Parecia funcionar legal com o contexto todo da ZOO. A seguir, eu encontrei uma jaqueta de napa, velha e usada. Nós usamos para o primeiro vídeo, que foi The Fly. Caía bem com os óculos e com o personagem. Então tínhamos esse personagem, The Fly, e isso foi o começo de tudo. Acho que tudo veio daí, em termos de figurinos. Aquela jaqueta na verdade se auto-destruiu. Durante as filmagens do vídeo, ela começou a se desmanchar. Ao final, a coisa tinha se rasgado em pedaços. Foi como uma metamorfose, ou algo assim."
 .

"Durante o show, você tem que ficar de olho o tempo inteiro, porque nunca se sabe quando as calças de alguém vão rasgar! Aconteceu diversas vezes. Essas roupas passam por muita coisa, são muito exigidas durante uma performance. Isso é algo que nós enfatizamos aos designers. Essas roupas passam por calor intenso e suor, e são esticadas e puxadas. Bono, especialmente, tem uma performance muito corporal, física. Ele escala coisas, pula por todo lado, e com frequência ele vai pro meio do público nas primeiras filas e as pessoas começam a puxar e rasgar sua camisa, tentam tirá-la. Coisas cedem, então você tem que assegurar que tudo é super ultra bem costurado, duplamente, e também que você tem roupas de reserva por perto. Houve um show na ZOO TV em que as calças de couro do Bono se rasgaram, da virilha até abaixo do joelho, na metade de uma música. Ele continuou cantando, porque não tinha como parar, e nós tivemos que enrolar a perna dele em fita adesiva, fita adesiva preta em couro preto, enquanto ele ainda estava cantando."


SHARON BLANKSON

"Walter queria algo muito especial para o primeiro encore (bis), e surgiu com a ideia do Discman - um encontro futurístico entre Missão Impossível e James Bond, um personagem de desenho animado. Essa roupa iria nos testar a todos, especialmente Fintan e Karen (assistente deles). Coberta de lantejoulas gigantes feitas de discos plásticos, cada peça era costurada a mão no terno, para criar aquele efeito. Só que nós não havíamos lembrado da forma extremamente corporal, física, com que o Bono se apresenta e, enquanto ele se movimentava e pulava e se esticava todo, partes do casaco do terno simplesmente saltavam fora. Depois de cada show nós tínhamos que vasculhar o palco à procura das lantejoulas plásticas perdidas, que seriam então recosturadas no lugar. Todas as vezes."
.


Elevation Tour

"As jaquetas de couro foram uma peça chave na Elevation Tour. Elas são ícones. Pense em Elvis, James Dean, Marlon Brando. Todd Lynn e eu decidimos ir por esse caminho, e pesquisamos uniformes norte-americanos, no tocante ao estilo, estrutura e referências gerais. Muitas das figuras nas mangas e nas costas das jaquetas vieram de nossa pesquisa sobre a Guerra Civil Americana. Queríamos que as jaquetas dissessem tudo, sem na verdade dizerem nada. As listras nas mangas, a estrela vermelha na frente - esses símbolos representavam coisas diferentes para pessoas diferentes. Para nós, em particular, a Pantera Negra representava Malcolm X, e a Pomba Branca representava Martin Luther King - ambos unidos numa mesma jaqueta como eles eram sobre um tema, com suas duas abordagens diferentes simbolizadas na Pantera Negra e na Pomba Branca. Era tudo muito sutil. Não precisávamos gritar essas coisas para o público. Coloque a jaqueta com o palco em forma de coração, o estilo simples de roupas casuais dos outros membros da banda, a iluminação do show que refletia mensagens de amor, guerra e paz, e tudo funcionava perfeitamente, fundindo-se com a música e o público."
.


Tradução: Maria Teresa

Leia a Parte 10.


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The Edge: "Songs of Experience" deve ser lançado em 18 meses

O guitarrista do U2, The Edge, compartilhou seus pensamentos sobre Songs Of Experience, nesta quarta-feira, 18 de março, durante uma entrevista no programa The Mix Up show na rádio TodayFM.
.

"A questão de quando o álbum estará pronto está em aberto", disse ele, acrescentando que a banda está ocupada com a preparação da turnê agora.

"Estamos fazendo de tudo para finalizar o álbum no prazo, esperamos, em 18 meses ou mais, mas é tão difícil de prever... e não queremos lançar qualquer coisa que realmente não tenha a nossa satisfação... não é um caso de colocar seis semanas de lado para fazer um álbum. É que queremos que seja tudo o que queremos que seja".

Fonte: ATU2

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Tradução do livro “U2 Show” – Parte 10

MALCOLM GERRIE, produtor do vídeo Under a Blood Red Sky, conta com detalhes como aconteceram as filmagens e tudo o que se passou nos bastidores. Na época ele era produtor do programa da TV britânica The Tube, onde o U2 se apresentou várias vezes, e onde o vídeo seria mostrado, em princípio.
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"Inicialmente era pra ser uma vídeo de 15 minutos dentro do programa normal (The Tube), e então, como o vídeo se transformou em algo histórico, tivemos que mostrá-lo completo. Foi histórico por causa do que aconteceu naquela noite. O tempo estava tão ruim, como se os céus se abrissem. A eletricidade formava um arco, de uma coluna de caixas de som para a outra. Se isso os atingisse, eles estariam mortos. Barry Fey, o promoter, olhou aquilo e disse "Não dá. Esqueça. Vou mandar o público embora." E então a banda estaria ferrada, basicamente, porque eles haviam colocado todo seu dinheiro nisso. Eu não teria um show para a TV, então também estaria ferrado. Nós todos estaríamos. Era um desastre. Paul estava ao telefone, tentando conseguir outro lugar para o show, e me pediu se nós podíamos manter toda a equipe. Nós tínhamos um helicóptero com um ex-piloto do Vietnã completamente pirado, voando, como nosso cinegrafista a bordo, através das chamas. No fim foi assim: esqueça o clima. Então o que aconteceu foi a atmosfera especial de tudo isso: porque aquela bruma desceu e nós conseguimos segurar metade do público, e a luz...algo realmente muito estranho aconteceu com a luz e o fogo, você sabe, e a coisa toda simplesmente assumiu uma qualidade etérea, mágica, que você não conseguiria reproduzir com efeitos especiais ou filtros."
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"Existem duas coisas extraordinárias a respeito do U2. Número um, eles foram provavelmente a mais inteligente, articulada e determinada banda que eu já encontrei. Número dois, eles tinham um dos mais inteligentes e investigativos empresários de qualquer banda que eu já encontrei, e a essas alturas eu já conheci vários. Não há nenhuma diferença entre eles naquela época e agora. Paul dirige a banda de uma forma inteiramente profissional, mas com um toque humano. Isso quebra todas as regras, porque, enquanto eles são dirigidos como uma máquina bem azeitada, no coração dessa máquina existe um coração de verdade. Eu já fiquei na casa do Bono, já frequentamos juntos os mesmos aviões e clubes, e quando ele me encontra em um show deles ele corre até mim e me abraça e roda comigo como um filho perdido há muito tempo. Eu sei que ele faz isso com um monte de gente. Isso é lealdade com um L maiúsculo, e o resultado disso é que eles conseguem tudo e qualquer coisa das pessoas. Eu farei qualquer coisa pelo U2, porque, além do nível profissional, eu os considero como amigos. Eles são pessoas fantásticas, e a música deles é simplesmente brilhante."
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"O número de vezes que eles já se reinventaram! Meu trabalho é juntar música e imagens, e ninguém desde o Pink Floyd fez o que eles fizeram em termos de produção de palco. Não há ninguém que os alcance. Ninguém chega perto deles no que se refere aos seus shows, em termos de ambição, risco, perigo e estar adiante do seu tempo. A televisão é 100% histórias: novelas, dramas, corações partidos, tragédias, histórias de amor, e o U2 representa tudo isso, porque a música deles e suas crenças e a forma como eles as apresentam são histórias fantásticas. Então, egoistamente, do ponto de vista de um produtor de TV, isso é o maná do paraíso, porque você sempre, sempre, sempre - 100% das vezes - vai conseguir alguma mensagem fantástica do Bono. Você vai conseguir do Paul McGuinness um ponto de vista extremamente lúcido e inteligente e frequentemente controvertido. Você vai ter uma percepção sincera do Edge. Você vai ter uma declaração totalmente pé-no-chão, direta e corajosa do Adam e do Larry. E sempre vai haver alguma história".
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"Se você pudesse criar um modelo/check list de banda ideal para um produtor de TV, em que se marcaria todas as opções nos quadrinhos - controvérsia, política, música fantástica, espetáculo, dominação mundial - você chegaria ao U2. Há certos indivíduos que chegam perto, mas você tem que pensar muito em quais seriam eles. Como banda, eu acho, eles são únicos a esse respeito."


Tradução: Maria Teresa

Leia a Parte 9.



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